Uma educação bem sucedida pressupõe uma infância saudável e uma juventude de estudos e aprendizado ate o nível universitário. Depois o filho vai pra vida e deve se virar sozinho. Se houver trabalho infantil o processo ja morre na raiz. Se houver trabalho concomitante aos estudos também fica comprometido. Uma criança ou jovem sem estudos no mercado de trabalho tem poucas chances! Por outro lado, depois da universidade o apoio do pai e da mãe tão importante nas fases iniciais deve ser para reforçar a necessidade de autodesenvolvimento.
Assim fez o governo chinês na cidade de Shenzen, uma vila de pescadores com menos de 100mil habitantes em 1980, hoje uma megalópole tecnológica com 15 milhões de pessoas (foto acima). No início o governo constituiu uma “zona econômica especial” dando isenção tributária geral para quem ali produzisse para exportação; ao mesmo tempo promoveu forte política de proteção tarifária protegendo as indústrias chinesas nascentes. Num segundo momento convidou os estrangeiros para usar essa Incrível base logística na foz do Rio Pérola, repleta de mão de obra produtiva e barata. Auxiliou também Região e o país com uma política cambial ultra competitiva para conquista de mercados no mundo. O aprendizado ali foi incrível! Nos estágios finais as tarifas foram removidas e Shenzen virou filho prodígio! Outras famílias e governos no mundo também tentaram isso. Muitos conseguiram; outros não. Ate hoje muitos filhos já velhos moram com os pais, um problema. Essa a ideia de indústria infante, da necessidade de proteção e depois cobrança! O desenvolvimento econômico é na verdade um processo de aprendizagem tecnológica!
Para entender Shenzen na China: https://www.americasquarterly.org/rodrik
Excelente artigo!
Dá a impressão que o Brasil vive perdendo o bonde da história. Agora deveríamos estar na fase de “adultos cuidando da própria vida”, mas ainda somos dependentes dos pais para algumas coisas.