*escrito por Uallace Moreira para o BLOG
A ChangXin Memory Technologies Inc. se tornou a primeira empresa da China a projetar e produzir os chips que são um componente central da maioria dos dispositivos de computação. Qual é o grande desafio agora? A empresa terá que competir com gigantes globais fabricantes de chipes, como Samsung, Hynix e Micron – os três maiores fabricantes de DRAM do mundo que controlam coletivamente 90% do mercado. Com sede na capital de Anhui, Hefei, a ChangXin foi fundada em maio de 2016 como um projeto co-liderado pelo Hefei Industrial Investment Fund (HIIF) e pela GigaDevice Semiconductor Beijing Inc., um designer chinês de outro tipo de memória chamado flash. A Changxin foi inicialmente liderada por Wang Ningguo, um ex-CEO da fabricante chinesa de chips Semiconductor Manufacturing International Corp. (SMIC). Wang desempenhou um papel de liderança nos estágios iniciais da empresa, ajudando a contratar muitos engenheiros de semicondutores estrangeiros, especialmente da Coreia do Sul, líder global na indústria de chips de memória.
Já em 2014, preocupado com a autossuficiência em alta tecnologia, o governo chinês implementou um amplo esforço do país para desenvolver seu próprio setor de semicondutores, quando se lançou suas primeiras diretrizes de desenvolvimento nacional para a indústria. O detalhe na ascensão da empresa é que apoio do governo foi essencial. A ChangXin foi uma das muitas empresas fundadas nesse período, com a finalidade de aproveitar o generoso apoio do governo central e local, para fortalecer a produção loca, principalmente considerando o acirramento da competição internacional nos setores mais intensivos em tecnologia. Com os boicotes dos EUA à Huawei e a China, além de outros países aderindo aos EUA nessa empreitada, fica em evidência que a estratégia do governo chinês em fortalecer empresas locais na fabricação de chips, como também outros produtos da indústria de telecomunicações e eletroeletrônica, foi uma decisão muito acertada e estratégica.
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