O carro brasileiro Gordini é uma parte interessante da história automobilística do Brasil. A história do Gordini começa com sua origem na França, onde o modelo foi inicialmente fabricado pela empresa francesa Renault, que produziu o Renault 4CV. No início dos anos 1950, a Renault decidiu expandir suas operações e levar o Renault 4CV para outros mercados, incluindo o Brasil. A empresa iniciou a produção local do modelo sob licença em São Bernardo do Campo, no estado de São Paulo, em 1957. No entanto, o carro foi rebatizado no Brasil como “Gordini” em homenagem ao piloto de corrida francês Amédée Gordini, que estava associado a várias modificações esportivas feitas no carro na França. O Gordini era um veículo compacto e econômico, o que o tornou popular entre os consumidores brasileiros. Ele foi produzido nas versões sedã de quatro portas e cupê de duas portas. O carro era equipado com um motor de 845 cc, que fornecia uma potência modesta, mas atendia às necessidades da época. O Gordini também apresentava características distintivas, como seu design arredondado e a tradicional grade dianteira da Renault. O Gordini foi uma das primeiras opções de carros de passeio acessíveis no Brasil e teve um papel importante na popularização do automóvel no país. Ele era conhecido por ser confiável e econômico, o que o tornava uma escolha popular para famílias e motoristas individuais. A produção do Gordini no Brasil continuou ao longo dos anos 1960, e o carro passou por várias atualizações e melhorias. No entanto, com o tempo, ele enfrentou concorrência de outros modelos estrangeiros e nacionais, como o Volkswagen Fusca, que se tornou um grande sucesso no Brasil. O Gordini foi descontinuado no início dos anos 1970 devido a mudanças no mercado automobilístico brasileiro e à concorrência crescente. No entanto, ele deixou um legado como um dos primeiros carros de passeio acessíveis e confiáveis do Brasil e é lembrado com carinho por muitos entusiastas de carros e colecionadores. Hoje, o Gordini é uma peça de colecionador e um símbolo de uma era passada na história automobilística do Brasil, quando a indústria automobilística estava apenas começando a se desenvolver no país.