A história do protecionismo dos reis ingleses para turbinar o desenvolvimento econômico da Inglaterra

Durante os séculos XV, XVI, XVII e XVIII, os reis ingleses adotaram uma série de medidas protecionistas com o objetivo de fortalecer a economia doméstica e promover o desenvolvimento da indústria e do comércio na Inglaterra. Algumas das principais políticas protecionistas implementadas pelos monarcas ingleses nesse período incluíram a proibição da exportação de lã para os Países Baixos, os Atos de Navegação e a imposição de tarifas elevadas para importação de produtos.

  1. Proibição da exportação de lã: Durante o século XV, a lã era uma das principais commodities da Inglaterra e um importante produto de exportação. No entanto, os reis ingleses, como Edward IV e Henry VII, implementaram medidas para proibir ou restringir a exportação de lã para os Países Baixos, que eram grandes produtores de tecidos. Essa política visava proteger a indústria têxtil em crescimento na Inglaterra, incentivando a produção e o comércio interno de tecidos.
  2. Atos de Navegação: No século XVII, o Parlamento inglês aprovou uma série de leis conhecidas como Atos de Navegação. Essas leis estabeleciam que as mercadorias importadas para a Inglaterra ou suas colônias deveriam ser transportadas apenas em navios ingleses ou de países que fossem origem das mercadorias. Essa política tinha o objetivo de promover a marinha e a indústria naval inglesa, bem como restringir o comércio com outras nações e limitar a concorrência externa.
  3. Tarifas elevadas para importação: Durante os séculos XVI, XVII e XVIII, a Inglaterra impôs tarifas elevadas para a importação de uma ampla gama de produtos estrangeiros. Essas tarifas protecionistas tinham como objetivo incentivar a produção e o consumo de produtos nacionais, bem como desencorajar a importação de bens estrangeiros. As tarifas eram aplicadas a produtos como têxteis, metais, alimentos e utensílios, visando proteger a indústria doméstica e garantir mercados para os produtores internos.

Essas políticas protecionistas adotadas pelos reis ingleses tiveram um impacto significativo na economia e no comércio da Inglaterra. Elas contribuíram para o crescimento da indústria têxtil, o fortalecimento da marinha inglesa e a proteção dos interesses comerciais internos. No entanto, também geraram tensões comerciais com outros países e, em alguns casos, resultaram em retaliações e conflitos comerciais. Com o tempo, a Inglaterra passou a adotar políticas mais liberais em relação ao comércio internacional, culminando na adoção do livre comércio no século XIX e no estabelecimento da hegemonia britânica no comércio global.

  • os reis e seus atos:
  1. Rei Edward IV (1461-1483): Edward IV introduziu a proibição da exportação de lã para os Países Baixos em 1473. Essa medida visava proteger a indústria têxtil inglesa e incentivar a produção interna de tecidos.
  2. Rei Henry VII (1485-1509): Henry VII manteve a proibição da exportação de lã para os Países Baixos e expandiu as políticas protecionistas, promovendo a produção e o comércio de tecidos na Inglaterra.
  3. Rei James I (1603-1625): James I promulgou os Atos de Navegação em 1609 e 1612. Essas leis exigiam que todas as mercadorias importadas para a Inglaterra ou suas colônias fossem transportadas em navios ingleses ou de países que fossem origem das mercadorias. Essa medida tinha o objetivo de fortalecer a indústria naval e o comércio interno, ao mesmo tempo em que restringia a concorrência externa.
  4. Rei Charles II (1660-1685): Charles II fortaleceu os Atos de Navegação, reforçando as restrições ao comércio com outros países. Ele também impôs tarifas elevadas para a importação de uma variedade de produtos, como tecidos e alimentos, a fim de proteger a indústria doméstica e estimular a produção interna.
  5. Rei George III (1760-1820): Durante o reinado de George III, a Inglaterra implementou uma série de leis protecionistas conhecidas como Leis do Milho (Corn Laws). Essas leis impunham tarifas e restrições à importação de grãos, principalmente trigo, com o objetivo de proteger os agricultores ingleses e garantir a segurança alimentar interna.

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