Os setores industriais e de serviços escaláveis são tão produtivos que transbordam ganhos salariais para outros setores. As economias de escala e de escopo, a intensidade tecnolَgica, de capital e de conhecimento geram uma produtividade absurdamente maior do que nos setores de serviços tradicionais e agrícola. Esses ganhos de produtividade são transmitidos para salários desse setor e de outros (efeito balassa/samuelson), para lucros e para quedas de preços. Quando olhamos a participação da indústria no PIB de vários países parece que caiu, mas na verdade isso é um erro de medida que não leva em consideração a queda relativa de preços entre o setor muito produtivo, a indústria, e os setores pouco produtivos, os serviços tradicionais (efeito Baumol). Alguns países começam a perder participação da indústria no PIB quando ainda relativamente pobres, o caso do Brasil (desindustrialização prematura). Países pobres simplesmente não tem indústria! O gráfico acima do economista Paulo Morceiro, inspirado nos trabalhos de Gabriel Palma, mostra isso de maneira muito clara! Países muito ricos sao capazes de concentrar sua produção em manufaturas medium e high tech e desenvolver um poderoso setor de serviços sofisticados escaláveis!

Aí sai um governo Dilma que só falava em agronegócio e mineração e entra um governo Bolsonaro de extrema direita que só fala em agronegócio e mineração. O Brasil não tem a menor chance de dar certo elegendo idiotas…..