Em 1750 Portugal tinha uma produção per capita mais alta do que a da França ou da Espanha. No entanto. Um século depois Portugal era o país mais pobre da Europa Ocidental. A descoberta de grandes quantidades de ouro no Brasil ao longo do século XVIII desempenhou um papel fundamental para o desenvolvimento a longo prazo da economia portuguesa. Portugal passou a sofrer de maldição dos recursos naturais: a perda de competitividade do setor de bens comercializáveis manifestada na elevação do preço dos bens não comercializáveis em relação às importações comercializadas. Ocorreu nessa época uma apreciação real da taxa de câmbio de cerca de 30 por cento, o que conduziu a uma perda de competitividade da indústria nacional que atrasou sobremaneira o processo de industrialização de Portugal.
Incrível trabalho sobre o tema:
https://warwick.ac.uk/fac/soc/economics/research/centres/cage/manage/publications/wp574.2021.pdf
mais referencias:
“The Methuen Treaty by itself did not cause the ruin of Portugal. But it added to the problems associated to the loss of the Asian empire, and created patterns of specialization that did not lead to further technical change and economic development. Trade matters, because what one country produces and exports matters. Complex products with higher value added are more likely to lead to the incremental innovations that are behind the wealth of nations. You may call that increasing returns or cumulative causation. Trade agreements that ossify the production structure in sectors with low levels of technological dynamism lead to lower growth, and, as in any process with path dependency, failure breeds failure. Portugal, like England, needed managed trade, not ‘free’ trade”
http://nakedkeynesianism.blogspot.com/2016/03/free-trade-and-portuguese-decline.html