A mensagem fundamental dos mercantilistas é a de que o coração manufatureiro da nação é a chave pra o enriquecimento. O “superávit de ouro e prata” é apenas consequência disso. Estava claro para eles que o motor do comércio era fundamental: só que os produtores de manufaturas estavam em vantagem em relação aos produtores de matéria prima, so’ isso. O curioso é que o próprio Smith reconhece a potência da manufatura no livro 1 capitulo 1 ao explicar como se da a “divisão do trabalho”. Os mercantilistas não são contra o comércio e o mercado, muito pelo contrário. Tanto os policy markers dessa vertente (Colbert, Josiah Child, R. Walpole, Pombal, entre outros) quanto os pensadores (Antonio Serra, Giovanni Botero, Tommaso Campanella, Antonio Genovesi, Geronymo de Uztaritz, Duarte Ribeiro de Macedo, Anders Berch, Alexander Hamilton, F. List) queriam o comércio como alavanca para o enriquecmento de suas nações; so que com base em manufaturas locais. Entre economistas, ignorantes que são em matéria de história, ha’ ainda muito preconceito em relação aos mercantilistas por conta da maledicência do Adam Smith. Não entenderam do que se trata tudo isso! Aula que gravei sobre o tema:
sobre “instituições”:
O sistema de patentes de Veneza dos 1400 é um belo exemplo de “instituição” essencial na visão. Dos mercantilistas. A instituição dos “aprenticeship” da Inglaterra dos 1500 na indústria têxtil e as academias “científicas” alemãs dos 1700 voltadas para a produção sao belos exemplos de instituições que surgiram por demanda do comércio a da produção manufatureira já existe nessas regiões. Essas instituições “mercantilistas” forma criadas para turbinar a manufatura desses países e ajudar na conquista de mercados externos.
citando Erik Reinert:
“In 1620, Francis Bacon formulated a view that was to dominate in the social sciences for almost the next two centuries: ‘There is a startling difference between the life of men in the most civilised province of Europe, and in the wildest and most barbarous districts of New India. This difference comes not from the soil, not from climate, not from race, but from the arts’. Francis Bacon is crystal clear on the causality in question: Man’s activities – his mode of production – determine his institutions”
Referência
http://www.revistaoikos.org/seer/index.php/oikos/article/viewFile/265/154
Mercantilismo (errado)
https://www.investopedia.com/terms/m/mercantilism.asp
