A química sustentável avança no Rio Grande do Sul com a produção de Eteno verde da Braskem

A BRASKEM produz hoje no Rio Grande do Sul eteno verde usando etanol; trata-se da unica planta de eteno/polietilenos verde do mundo capaz de produzir 200 mil toneladas por ano. Esse polietileno é muito utilizado em algumas embalagens de alimentos e também em alguns produtos mais nobres. Eteno é o principal produto da petroquímica. É um chamado building block. A partir dele, podemos fazer diversos produtos da segunda geração e que são principalmente utilizados na produção de plásticos em geral, borrachas sintéticas, fibras artificiais e sintéticas e detergentes. O eteno pode ser produzido a partir de diversas fontes (gás natural, de nafta petroquímica, condensados ou de etanol). Todavia, a maior parte dessas opções de matérias-primas é de origem fóssil. O eteno produzido a partir de etanol, apesar de ter as mesmas funções do eteno de origem fóssil, é totalmente verde.

O eteno, também conhecido como etileno, é um composto orgânico amplamente utilizado como matéria-prima na fabricação de uma variedade de produtos químicos e plásticos. Aqui estão alguns exemplos de produtos fabricados com base no eteno:

  1. Polietileno (PE): O polietileno é um dos plásticos mais comuns e versáteis produzidos a partir do eteno. Ele é usado na fabricação de sacolas plásticas, embalagens flexíveis, garrafas de refrigerante, brinquedos, tubos, entre outros.
  2. Etileno Glicol: O etileno glicol é um líquido incolor e viscoso amplamente utilizado como anticongelante em sistemas de resfriamento de automóveis e em produtos de cuidados com automóveis, como fluidos de freio e fluidos de direção assistida.
  3. PVC (Policloreto de Vinila): Embora seja feito a partir do cloreto de vinila, o eteno é uma matéria-prima essencial na produção de PVC. O PVC é usado em uma ampla gama de produtos, como tubos, cabos elétricos, revestimentos de pisos, janelas, portas e até mesmo roupas de chuva.
  4. Etileno-propileno (EPDM): EPDM é uma borracha sintética produzida a partir do eteno e do propileno. É amplamente utilizado em vedações de janelas, sistemas de vedação automotiva, membranas de telhado e muitas outras aplicações de vedação.
  5. Etileno Oxido: O etileno óxido é usado principalmente como intermediário químico na produção de produtos químicos derivados, como surfactantes, solventes, agentes espumantes e ésteres.
  6. Ácido Acético: O eteno é uma das matérias-primas na produção de ácido acético, que é usado em produtos de limpeza, conservantes de alimentos, produtos farmacêuticos e na fabricação de acetato de celulose (utilizado em filmes e fibras).
  7. Polietileno Tereftalato (PET): O PET é um polímero termoplástico amplamente utilizado na fabricação de garrafas de água, embalagens de alimentos, fibras têxteis (como o poliéster) e produtos relacionados.
  8. Detergentes: Produtos de limpeza, como detergentes, frequentemente contêm surfactantes à base de eteno, que ajudam a reduzir a tensão superficial da água e a melhorar a ação de limpeza.
  9. Resinas de Polipropileno (PP): Embora o polipropileno seja geralmente feito a partir do propileno, o eteno pode ser incorporado para ajustar as propriedades do polímero, tornando-o mais resistente ao impacto.

Esses são apenas alguns exemplos de produtos fabricados com base no eteno. Devido à sua versatilidade, o eteno desempenha um papel essencial em diversas indústrias, desde a embalagem até a construção civil e a indústria automobilística.

A Braskem é uma das maiores petroquímicas das Américas e tem uma presença significativa no Brasil. A história da fábrica da Braskem no Rio Grande do Sul remonta a algumas décadas, com uma trajetória marcada por expansões e desenvolvimentos importantes. A presença da Braskem no Rio Grande do Sul começou a ganhar forma na década de 1970, quando o estado se tornou um polo importante para a indústria petroquímica no Brasil. A empresa, então chamada Copene (Companhia Petroquímica do Nordeste), começou a expandir suas operações para o Sul do país. Em 1978, a Copene iniciou a construção da sua primeira unidade industrial no Rio Grande do Sul, na cidade de Triunfo. Essa planta foi um marco importante para a empresa e a região, pois começou a produção de polipropileno, um polímero termoplástico amplamente utilizado em uma variedade de aplicações, incluindo embalagens, peças automotivas e mais. Nos anos seguintes, a empresa continuou a expandir suas operações no estado, incluindo a aquisição de outras plantas e a implementação de tecnologias avançadas de produção petroquímica. Uma das plantas mais notáveis da Braskem no Rio Grande do Sul é o Complexo Petroquímico de Triunfo, que inclui diversas unidades de produção, como polietileno, polipropileno e outras resinas plásticas. Essa planta tem uma capacidade significativa de produção e desempenha um papel vital na cadeia de suprimentos da indústria petroquímica e plástica no Brasil e na América do Sul. Ao longo dos anos, a Braskem tem buscado a inovação e a sustentabilidade em suas operações, trabalhando para reduzir o impacto ambiental e promover práticas responsáveis na indústria petroquímica. Além disso, a empresa tem colaborado com a comunidade local e investido em programas sociais e educacionais na região onde está localizada. A história da fábrica da Braskem no Rio Grande do Sul é um exemplo de como a indústria petroquímica e a produção de plásticos desempenham um papel fundamental na economia e no desenvolvimento de uma região, ao mesmo tempo em que enfrentam desafios relacionados à sustentabilidade e à responsabilidade ambiental.

O Polo Petroquímico de Triunfo, localizado no estado do Rio Grande do Sul, é uma das áreas industriais mais importantes do Brasil e desempenha um papel fundamental na economia e na cadeia de suprimentos petroquímica do país. Sua história remonta às décadas de 1970 e 1980 e é marcada por desenvolvimentos significativos. A criação do Polo Petroquímico de Triunfo foi impulsionada por uma série de fatores, incluindo a busca por diversificação da economia gaúcha e a disponibilidade de matéria-prima na região. A área escolhida para abrigar o polo, próxima ao município de Triunfo, oferecia vantagens logísticas devido à proximidade com portos e ferrovias. Na década de 1970, empresas petroquímicas, como a Copene (Companhia Petroquímica do Nordeste), iniciaram investimentos na região. Uma das primeiras plantas a ser construída foi a da Copene, que produzia polipropileno. Essa planta foi fundamental para o início das operações do polo. Em seguida, outras empresas petroquímicas, como a Petroquisa e a Braskem (que futuramente incorporou a Copene e a Petroquisa), começaram a expandir suas operações em Triunfo. Essas empresas investiram em unidades de produção de polietileno, polipropileno, eteno e outros produtos químicos petroquímicos essenciais. O Polo Petroquímico de Triunfo cresceu rapidamente, tornando-se um dos maiores polos petroquímicos da América Latina. Sua localização estratégica permitiu o acesso a matérias-primas abundantes e o transporte eficiente de produtos acabados para os principais mercados brasileiros e internacionais. Ao longo dos anos, o polo passou por expansões e modernizações, adotando tecnologias avançadas e práticas de produção sustentável. A região também se tornou um centro de pesquisa e desenvolvimento em química e petroquímica, contribuindo para a inovação no setor. O Polo Petroquímico de Triunfo desempenha um papel crucial no suprimento de matérias-primas para diversas indústrias, incluindo plásticos, embalagens, automóveis, construção civil, entre outras. Além disso, gera empregos e contribui significativamente para a economia do estado do Rio Grande do Sul e do Brasil como um todo. A história do Polo Petroquímico de Triunfo é um exemplo de como o desenvolvimento industrial pode impactar positivamente uma região, impulsionando o crescimento econômico e a diversificação da economia. No entanto, também destaca a importância de práticas sustentáveis e responsáveis para garantir o equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental.

1 thought on “A química sustentável avança no Rio Grande do Sul com a produção de Eteno verde da Braskem”

  1. Inexplicavelmente Paulo Gala, você esqueceu do Polo Industrial que a Braskem tem em Alagoas e do maior desastre socioambiental urbano do mundo que ela provocou em Maceió, atingindo algo de 200 mil vítimas. Não basta falar de desenvolvimento industrial, esse desenvolvimento tem que ter responsabilidade ambiental e social, aspectos que o lucro acima de tudo não leva em consideração.

    Veja este documentário:

    “A Braskem passou por aqui”

    https://youtu.be/zBOJbOGcBwo?si=ECu0hKJkHojNUgcw

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