A reconstrução do império americano

Em seu texto a “A reconstrução do mundo americano” Martin Wolf destaca pontos importantes sobre os esforços do governo dos Estados Unidos para reconstruir sua economia e liderança. A influência global dos EUA é atribuída ao seu tamanho, riqueza, alianças e papel na criação de instituições econômicas globais. Agora, o foco está na classe média. Os desafios enfrentados incluem o esvaziamento da base industrial, o surgimento de concorrentes geopolíticos, a crise climática e a crescente desigualdade. Para superar esses desafios, o governo propõe uma estratégia industrial moderna, cooperação com parceiros internacionais, parcerias econômicas inovadoras e investimentos em economias emergentes.

Além disso, estão sendo implementadas restrições na exportação de tecnologia para a China, triagem de investimentos estrangeiros em setores críticos e preocupações com a segurança nacional. No entanto, a eficácia dessas mudanças depende do surgimento de um novo consenso americano e da adoção de abordagens equilibradas para as relações econômicas e políticas globais. Há preocupações sobre a escala dos investimentos propostos, a política industrial e as possíveis consequências desestabilizadoras nas relações internacionais. No entanto, o sucesso dessa abordagem dependerá de seu impacto em um mundo mais próspero, pacífico e estável, evitando fragmentação e conflitos abertos.

Jake Sullivan, o conselheiro de segurança nacional do presidente Joe Biden, colocou todos esses pontos num notável um discurso recente sobre como “renovar a liderança econômica americana”. Ele representou um repúdio à política neoliberal dos últimos anos. Isso poderia ser visto apenas como uma volta ao intervencionismo de Alexander Hamilton. Contudo, desta vez a agenda não é destinada a um país recém-formado, mas à potência dominante do mundo.

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Texto: https://valor.globo.com/opiniao/coluna/a-reconstrucao-do-mundo-americano.ghtml

1 thought on “A reconstrução do império americano”

  1. Acho que esse tempo já passou. A China não precisa importar tecnologia, uma vez que já supera os americanos em patentes. Já estão na fase de inovação, e são parceiros preferenciais no comércio em praticamente todo o mundo.
    Os americanos já não possuem os melhores artefatos bélicos. Quantidade não é qualidade, e a Ucrânia mostra bem isso.
    Irão focar na classe média? Qual? Aquela que morremos de rir no seriado Simpsons? Os neoliberais já tomaram conta, é um vírus mortal. Sullivan deveria se preocupar em um sepultamento menos humilhante para um império irremediavelmente decadente. Não cita a dívida impagável, e a provável escalada de uma guerra, assim que o ocidente ficar totalmente zerado de munições, uma vez que já está em profunda crise agora mesmo.

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