A Revolta da Farroupilha, também conhecida como Guerra dos Farrapos, foi um conflito armado que ocorreu no Brasil entre 1835 e 1845. Essa revolta teve origem na província de São Pedro do Rio Grande do Sul, atual estado do Rio Grande do Sul, e envolveu a luta dos farrapos, nome dado aos rebeldes, contra o governo imperial brasileiro. A revolta teve como principal causa a insatisfação dos fazendeiros gaúchos com a centralização política e econômica do governo imperial. Eles sentiam-se prejudicados pela política de taxação sobre o charque, principal produto exportado pela região, além de se oporem ao monopólio comercial exercido pela Província de São Paulo. O estopim para a revolta foi o descontentamento com a nomeação de um presidente para a província do Rio Grande do Sul que não tinha vínculos com a região. Liderados por líderes como Bento Gonçalves, Giuseppe Garibaldi, David Canabarro e outros, os farrapos proclamaram a República Rio-Grandense e iniciaram a luta contra o governo central.
A revolta se desenrolou em uma série de batalhas e confrontos armados, com os farrapos conseguindo conquistar várias vitórias. Eles estabeleceram um governo próprio, com uma Constituição e símbolos republicanos, além de contar com apoio de países vizinhos, como a República Oriental do Uruguai. A guerra durou cerca de dez anos e resultou em um grande número de mortes e na destruição de propriedades. O governo central brasileiro, liderado pelo imperador Dom Pedro II, mobilizou tropas para combater os rebeldes e, gradualmente, conseguiu recuperar o controle da região. A revolta só chegou ao fim em 1845, com a assinatura de um acordo de paz conhecido como “Paz de Ponche Verde”. Esse acordo garantiu anistia aos rebeldes e concedeu algumas concessões políticas e econômicas para a província do Rio Grande do Sul. A Revolta da Farroupilha foi um importante marco na história do Brasil, representando a luta por autonomia regional, a busca por melhores condições econômicas e a reivindicação de direitos políticos. O conflito também teve impactos na formação do exército brasileiro e nas discussões sobre federalismo e descentralização do poder no país. Além disso, é um evento que faz parte do imaginário e do orgulho da cultura gaúcha até os dias de hoje.
Poderia falar um pouco da posição de pacificador de Duque de Caxias e da “armadilha” que os escravos tiveram que se deparar.
Diferentemente de outras tantas revoltas, essa não foi parar na forca. Ainda bem.