O gráfico acima mostra a evolução de nossa produção industrial desde o início de 2002. Depois da maxi desvalorização do câmbio de Outubro 2002 houve uma explosão de produção industrial no país, ajudada claro por uma economia que voltava a crescer graças à expansão de crédito e também subida de preços de commodities. A indústria brasileira já sofria com atraso tecnológico, infra-estrutura precária e pesada carga tributária em 2002- desde então pouco mudou. O que ajudou a provocar um aumento de mais de 30% da produção da indústria brasileira nos anos de 2003-2007 foi uma desvalorização real do câmbio de mais de 50%. Ao aumentar o preço dos bens transacionáveis, um câmbio mais desvalorizado aumenta imediatamente a lucratividade do setor industrial. Sem lucros não há estímulos para investimentos e compra de máquinas capazes de promover ganhos de produtividade e aumentos de escala. Sem lucro o empresário industrial prefere fechar as portas. Alguma recuperação que se observa hoje se deve ainda a forte desvalorização de 2015/2016 e a uma retomada frágil da demanda interna.
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Paulo gosto muito das suas análises, contudo, neste texto vale a correção da utilização do termo “desvalorização” para depreciação.
Abs.