*escrito por Felipe Augusto
Matéria da Economist cita várias iniciativas de diversos países no sentido de buscarem maior “resiliência” produtiva, ou seja, de ficarem menos dependentes da importação de insumos considerados estratégicos. EUA e europeus (incluindo os britânicos) investigando gargalos nas cadeias de suprimento globais com o propósito de recomendar uma substituição de importações. EUA e europeus estabelecendo setores estratégicos, como veículos e baterias elétricas, insumos farmacêuticos, equipamentos médicos e de telecomunicações, semicondutores, computação e certas matérias-primas fundamentais para produtos high-tech como terras-raras. Cooperação internacional para combater a China, como o acordo entre a Boeing e a Airbus, que se acusavam mutuamente de receberem subsídios ilegais, mas que selaram a paz para combaterem conjuntamente os subsídios chineses. EUA e europeus sendo criativos na interpretação das regras da OMC e reforçando instrumentos de defesa comercial para se proteger das importações. Iniciativa “Buy America” limitando as exceções e aumentando o percentual de conteúdo nacional para 75% nas compras do governo. Na China, 315 produtos podem exigir até 100% de conteúdo nacional. Em semicondutores, relatório do governo dos EUA afirmou que Taiwan subsidia 50% dos terrenos e 45% da construção de fábricas. Na Coreia, de 25% a 30%. Nos EUA, subsídios de US$ 52 bi estão sendo analisados pela Câmara, já tendo sido aprovados pelo Senado. O Japão já concedeu US$ 4,2 bi em subvenções para suas empresas voltarem ao país ou diversificarem seus fornecedores. Nos EUA, Projeto de Lei de US$ 250 bi visa a trazer de volta a produção industrial. Europa já colocou US$ 7 bi na cadeia de baterias elétricas. Na Índia, indústria está sendo recompensada com subsídios equivalentes a 4% a 6% das vendas adicionais de produção nacional. Na China, 14° Plano Quinquenal quer aumentar investimento em P&D em 7% ao ano com vistas à autossuficiência produtiva.