Alta de juros longos nos EUA, Alemanha, Japão e Reino Unido

Todos esses países experimentaram fortes aumentos nas taxas de juros de longo prazo nessa semana, com títulos atingindo máximas de mais de uma década, especialmente os títulos de dez anos, que são de grande importância. Nos Estados Unidos, a taxa de juros de dez anos atingiu o nível mais alto desde 2007, chegando a 4,50%. Isso ocorreu após o discurso rígido do Fed, apesar da manutenção das taxas de juros, com ameaças de possíveis aumentos, juntamente com preocupações sobre a inflação. No Reino Unido, também houve máximas em seus títulos de dívida. O mesmo ocorreu com os títulos alemães de dez anos, conhecidos como Bunds, e com os títulos japoneses (JGBs). Essa tendência causou um forte estresse nos mercados globais, com quedas nas bolsas de valores em todo o mundo, incluindo a Ásia e os Estados Unidos, com uma queda de cerca de 1,5%. A Bovespa, a bolsa de valores do Brasil, também sofreu, caindo 2,15%. É importante notar que, embora haja uma coincidência entre as decisões do Copom e as oscilações do mercado, a principal influência desta semana foi a decisão do Fed de manter as taxas, mas adotar um discurso mais rígido. Essa mudança de tom provocou quedas nas bolsas, uma valorização do dólar e uma alta nos juros de longo prazo por aqui. O real brasileiro se desvalorizou em relação ao dólar, atingindo R$ 4,93, e os juros de longo prazo no Brasil também subiram. Esse cenário cria uma probabilidade maior de desaceleração econômica ou até mesmo recessão. A semana foi marcada por decisões de bancos centrais ao redor do mundo, com destaque para a postura mais rígida do Fed. Os mercados enfrentaram volatilidade com impactos no câmbio, juros e ações.

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