A Lei de Say, proposta pelo economista francês Jean-Baptiste Say, é uma teoria que afirma que a oferta cria sua própria demanda. Segundo Say, a produção e venda de bens e serviços geram renda para os produtores, que, por sua vez, se tornam consumidores e direcionam essa renda para a aquisição de outros bens e serviços, garantindo, assim, a demanda necessária para a economia. De acordo com a Lei de Say, não pode haver uma falta generalizada de demanda agregada na economia, pois a oferta de bens e serviços cria automaticamente a renda necessária para absorver essa oferta. Em outras palavras, acredita-se que o excesso de oferta em um setor da economia será automaticamente absorvido pelos outros setores por meio do aumento do consumo e da demanda. No entanto, o economista John Maynard Keynes criticou a Lei de Say, argumentando que a economia pode experimentar uma falta de demanda agregada, levando a períodos de desemprego e recessão. Keynes acreditava que a economia não era necessariamente autorregulada e que os mercados podiam falhar em ajustar automaticamente a oferta e a demanda. Keynes apresentou a ideia de que a demanda agregada é influenciada por outros fatores além da renda, como as expectativas dos agentes econômicos e o comportamento dos investidores. Ele argumentou que, em momentos de crise ou recessão, a queda na demanda agregada poderia levar a uma diminuição na produção e no emprego, resultando em um equilíbrio abaixo do pleno emprego. Keynes também enfatizou a importância da intervenção governamental na economia, especialmente por meio da política fiscal e monetária, para estimular a demanda agregada e promover o crescimento econômico. Ele propôs a ideia de que os governos poderiam usar medidas como aumento dos gastos públicos e redução das taxas de juros para impulsionar a demanda efetiva e combater a recessão. Em resumo, as críticas de Keynes à Lei de Say estão relacionadas à sua visão de que a economia pode enfrentar problemas de falta de demanda agregada, e que a intervenção governamental é necessária para estimular a demanda efetiva e promover o pleno emprego.
