Ata do FED indica alta de juros na próxima reunião de Julho

Mais um dia de alta na Bovespa. Ontem, o índice atingiu 119.500 pontos, com um volume de negociações de cerca de 23 bilhões com destaque para as ações small caps, que apresentaram aumento de 1% no dia anterior. As ações da Petrobras e da Vale registraram uma leve alta, apesar do petróleo ter se recuperado, alcançando 77 dólares devido a uma nova reunião da OPEP, que reforçou o compromisso com os cortes de oferta para estabilizar os preços. No mercado global, houve uma reação negativa devido aos dados fracos de atividade na Europa, resultando em quedas nas bolsas europeias e uma leve queda nos Estados Unidos. A ata da última reunião de junho do FED (Banco Central dos EUA) foi divulgada e indicou uma postura dura, praticamente confirmando um aumento de 0,25% na próxima reunião, que ocorrerá em 25 de julho. Os diretores do FED concordaram em fazer uma pausa em junho, mas mostraram uma convergência para novos aumentos até o final do ano. O ADP (Relatório Nacional de Emprego dos EUA) divulgou um dado impressionante de criação de 497 mil vagas em junho, o dobro do esperado pelo mercado. Esse dado antecipa o relatório oficial de emprego (Payroll) que será divulgado amanhã. O mercado está atento a esses números, que influenciam as taxas de juros nos Estados Unidos. As taxas futuras nos EUA subiram em antecipação aos dados do Payroll, impulsionando também o dólar. O mercado observa com atenção os movimentos do mercado de trabalho americano, uma vez que isso tem impacto direto na economia do país. No cenário nacional, a bolsa brasileira teve um desempenho positivo devido a boas notícias e à perspectiva de corte de juros no país. Embora a moeda brasileira tenha se desvalorizado e os juros longos tenham subido, a bolsa conseguiu se descolar desse cenário de maior aversão ao risco. Hoje, serão divulgados outros dados importantes, como o relatório de criação de vagas de trabalho nos EUA, e amanhã teremos os dados de payroll nos EUA. No Brasil, aguardamos a possível votação da reforma tributária pela Câmara, que avançou e está próxima de um acordo entre os líderes.

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