O Ibovespa voltou a atingir a marca de 117.000 pontos após nove semanas de alta. Embora o volume de negociações tenha sido ligeiramente abaixo da média dos últimos dias, as bolsas internacionais tiveram desempenho positivo, com ganhos superiores a 1% nos Estados Unidos e Europa. A perspectiva de estímulos na China, conforme anunciado pelo primeiro-ministro chinês, também impulsionou os mercados, especialmente o setor de mineração, beneficiando a Vale. No entanto, o preço do petróleo caiu nos últimos dias, o que tem impactado as empresas do setor, como a Petrobras. O mercado também digeriu a ata do Copom (Comitê de Política Monetária), que sinalizou um possível corte de taxa de juros em 0,25% na próxima reunião em Agosto. No entanto, houve um certo estresse em relação à ideia de que a taxa de juros neutra poderia subir para 4,5%, o que levou a uma volatilidade na curva de juros. O IPCA-15, índice oficial de inflação, veio abaixo do esperado, indicando uma tendência de queda na inflação e possivelmente deflação em Junho e Julho, o que facilita o trabalho do Banco Central. Hoje, o foco está no fórum de Sintra, onde os banqueiros centrais, incluindo Powell, presidente do Federal Reserve dos Estados Unidos, estão reunidos. Os discursos têm sido enfáticos sobre a necessidade de elevar as taxas de juros para combater a inflação, deixando a porta aberta para possíveis altas adicionais ainda este ano. Essas declarações e a guerra tecnológica entre China e Estados Unidos, com receios de restrições comerciais e sanções, estão gerando um certo estresse no mercado. Amanhã será um dia importante para o Brasil, com a divulgação do Relatório Trimestral de Inflação do Banco Central e a definição da meta de inflação.