*escrito por Felipe Augusto
… e o papel do planejamento estatal de longo prazo.
16 atos:
1) Universidades americanas inventam composto químico para baterias.
2) Startup recebe milhões do governo dos EUA para fabricar baterias com o composto.
3) Com a demanda por carros elétricos ainda incipiente, era preciso garantir a demanda, pensando no longo prazo.
4) Uma montadora americana, que passou a ter participação estatal depois de ter sido resgatada da falência, se compromete a comprar baterias da startup.
5) Mas a montadora seria vendida pra estrangeiros a preço de banana, e seu Departamento de carros elétricos foi descontinuado.
6) Uma outra montadora nacional, também com participação estatal, prefere comprar baterias coreanas.
7) Como é normal em processos produtivos ainda não amadurecidos, são detectados defeitos na bateria da startup.
8) Imagem da startup fica abalada, governo se recusa a ajudá-la, e ela vai à falência.
9) Empresa chinesa compra os ativos da startup. Comitê americano que analisa investimentos estrangeiros no pais não proíbe a compra.
10) China passa a ter acesso livre à propriedade intelectual desenvolvida nos EUA.
11) Baterias são consideradas prioritárias nos Planos chineses de desenvolvimento. Suas empresas sempre tiveram apoio consistente do governo.
12) O composto químico agora está presente nas baterias das principais produtoras chinesas, que controlam 83% do mercado mundial.
13) A defesagem tecnológica em relação aos chineses vira questão de segurança nacional.
14) Nova política industrial obriga que baterias sejam produzidas nos EUA para acessar benefícios fiscais.
15) Depois de abandonarem uma pioneira mundial à própria sorte, os americanos precisam reaprender a fazer baterias de ponta.
16) Mas as montadoras americanas estão pressionadas a fazer rapidamente a transição aos elétricos.
Haverá paciência com o timing do aprendizado produtivo?