Mais uma semana desafiadora que passou para as bolsas nos Estados Unidos, com uma queda significativa de cerca de dois por cento ao longo da semana. A Bovespa, por outro lado, conseguiu registrar um pequeno ganho de 0,13%, encerrando em 113 mil pontos. A tensão aumentou no Oriente Médio com impacto negativo nas bolsas globais. Na Europa, as bolsas atingiram seu nível mais baixo em dez meses. No entanto, houve uma boa notícia na zona do euro, com uma pausa no ciclo de aumentos do BCE. O preço do petróleo subiu para quase 90 dólares na sexta-feira, mas agora está apresentando uma pequena queda de 1,5% pela manhã. As notícias de hoje parecem um pouco mais favoráveis; o preço do minério de ferro subiu 2,5%, com notícias positivas vindas da China. A semana começa de forma mais tranquila. Tivemos vários dados econômicos do Brasil hoje, com destaque para o IGPM divulgado pela FGV, que registrou um aumento de 0,50% em outubro, um pouco abaixo das expectativas (esperava-se 0,58%). Ao longo de doze meses, ainda estamos experimentando uma deflação de 4,57% no IGPM, e no ano a queda chega a 4,46%. Isso demonstra que ainda estamos em um ambiente deflacionário, especialmente em preços de atacado. No entanto, na ponta, o IPA (índice que mede os preços no atacado) subiu 0,60%, e o IPC (índice que mede os preços ao consumidor) subiu 0,27%. Continuamos a observar os efeitos da desvalorização da moeda brasileira no aumento dos preços no atacado. Neste cenário, estamos enfrentando uma crescente preocupação com a inflação, especialmente devido ao forte crescimento da economia americana, que está próximo de 5% no terceiro trimestre. O déficit público americano está crescendo significativamente devido às políticas de estímulo de Biden, atingindo quase 5% do PIB. Isso está pressionando a curva de juros nos EUA. Nesta semana, teremos duas decisões importantes de bancos centrais. Na quarta-feira, o Banco Central do Brasil deve reduzir a taxa Selic para 12,25%, atingindo a mínima em dois anos, com um corte de 0,50%, de acordo com a expectativa de consenso de mercado. No entanto, aguardamos ansiosos para ver o comunicado e a ata do BC, pois pode haver novidades. Mantendo as demais variáveis constantes, o BC encerrará o ano com uma Selic de 11,75%, com mais um corte de 0,50% na última reunião de dezembro. Nos Estados Unidos, o Federal Reserve (FED) também se reunirá na quarta-feira, mas não se espera um aumento nas taxas de juros, que devem permanecer no patamar atual. A expectativa é que uma alta possa ocorrer em dezembro, com o FED observando os dados econômicos, especialmente em relação à atividade econômica e aos preços. Há uma boa notícia no mercado de trabalho por lá, pois os salários não estão subindo significativamente, o que dá ao FED argumentos para manter as taxas de juros estáveis e não realizar apertos na política monetária. Hoje também teremos dados do CAGED que são importantes para entender a situação do mercado de trabalho no Brasil.
