Entre 1997 e 2008, a economia americana produziu umas das mais impressionantes bolhas imobiliárias da história. Segundo pesquisa da revista The Economist, de 1997 a 2007 os preços de imóveis nos EUA aumentaram quase 100% em dólar na média. Depois do estouro da bolha surgiram vários relatos de subidas e quedas fortes de preços de imóveis por lá. Abaixo um relato de alguns casos de Miami que estavam no epicentro da crise. Aliás, algo parecido ocorreu nos anos 20, quando pedaços de pântano na Florida foram vendidos por preços exorbitantes até a crise de 1929. Sunny Florida parece ter uma vocação especial para esse tipo de fenômeno!
Em Key Biscayne, sede do aberto de tennis de Miami e um paraíso para a prática de kite-surf, vela, wakeboard, (etc..), um apartamento de 210m2 com belíssima vista para os dois lados da baía poderia ser comprado em 1998 por US$ 665mil. Foi vendido no começo de 2008 por US$1.750.000,00 (quase triplicou); avaliado em US$ 1.340.000,00 em 2010. Outro com área de 240m, com vista menos privilegiada comprado em 2006 por US$ 1.200.000,00 avaliado em US$ 700.000,00 em 2010. Na luxuosa Fisher Island, uma penthouse de 274m2, comprada por US$ 890.000,00 em 1999, depois vendida por US$ 2.500.000,00 em 2007; avaliada por US$ 1.400.000,00 em 2010. No meio do clube de golfe, a dois minutos de praia exclusiva e na frente da Marina. Do lado de South Beach e a 15 minutos do Miami International que te coloca em qualquer lugar do mundo, non stop. Tudo isso por US$ 5.185 o metro quadrado.
Enquanto isso, um apartamento sendo lançado no largo da batata com 100 m2 em 2011 não saia por menos de R$ 11.000 mil o metro, a pequena bagatela de R$ 1.100.000,00 ou US$ 6.600 o metro quadrado. Bem mais caro que Fisher Island. A apenas uma hora e meia do moderníssimo aeroporto de Guarulhos. Para quem não gostou, dá para comprar também no coração do Brooklyn (paulista, não o de Nova Iorque) um ap de 150 m2 por apenas R$ 8.000 o metro. Quase 5 mil dólares o metro quadrado! Moleza. Preço de Key Biscayne!
ver Anatomia de uma bolha econômica
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