Quando jovem você voltava de Santos e via Fuscas, Gols e Kombis no acostamento da serra com capo aberto. A refrigeração a ar não dava conta de resfriar o motor pelo esforço de vencer a serra. Ai VW foi substituindo os carros por motores com radiador para evitar esse problema. No Brasil temos a vantagem de não ter temperaturas frias a ponto de congelar a água, então não precisávamos desses fluidos mais complexos da Europa. A vantagem desses motores da primeira geração (refrigerados a ar) é que eles eram de uma simplicidade e objetividade germanica. O Brasília, carro de design 100% nacional teve seu lançamento oficial em 1973. Vinha disponível apenas na opção de motor 1600 com 1 carburador. Lanternas traseiras com piscas laranjas, emblema traseiro “VW Brasilia”, grade do escapamento curta, volante tipo cálice igual ao do Fusca brasileiro, calotas centrais das rodas na cor alumínio.

A Brasília foi um carro muito popular no mercado brasileiro. Apesar de sua base mecânica ser a mesma do Fusca, um carro tecnologicamente superado já naquela época, o projeto era muito elogiado por suas linhas elegantes e por sua qualidade de construção e durabilidade. O sucesso da Brasília inspirou a criação da versão mais moderna da Variant, a Variant II, em 1977. Lançado em 1980, o Gol não competia diretamente com a Brasília, uma vez que possuía um motor menos potente (o mesmo boxer, porém com 1,3 litro). Porém, ao lançar o Gol 1,6 litro em 1981, a Volkswagen decretou o fim da Brasília, uma vez que temia que o modelo antigo tirasse uma fatia do mercado do novo projeto. No entanto, a produção da Brasília continuou em ritmo mais lento durante todo o ano de 1981, sendo até mesmo apresentados os modelos 1982 ainda no final de 1981. As derradeiras unidades do Brasília deixaram as linhas de produção no mês de março de 1982.