A descoberta do pré-sal no Brasil é um marco na história da indústria petrolífera do país. O pré-sal é uma camada geológica localizada abaixo do leito marinho, em águas ultraprofundas, que contém reservas significativas de petróleo e gás natural. A descoberta ocorreu em 2006, quando a Petrobras, empresa estatal brasileira de petróleo, identificou indícios de grandes reservas na Bacia de Santos, no litoral do estado de São Paulo. Essa descoberta foi resultado de anos de pesquisa e investimentos em tecnologia de exploração offshore. A importância do setor público brasileiro nesse contexto foi fundamental. O governo brasileiro, por meio da Petrobras, assumiu a liderança e suportou os riscos associados à perfuração de poços ultra profundos, uma vez que as tecnologias necessárias eram desafiadoras e envolviam altos investimentos.
A Petrobras, com apoio do governo, investiu em equipamentos de perfuração e em conhecimento técnico especializado para explorar as áreas do pré-sal. Essa estratégia exigiu a perfuração de poços em profundidades nunca antes alcançadas na indústria petrolífera. Ao suportar os riscos e investimentos necessários, o setor público brasileiro possibilitou que o país aproveitasse o potencial do pré-sal. As reservas descobertas abriram caminho para uma nova era na produção de petróleo e gás, com perspectivas de aumentar significativamente as reservas e impulsionar a economia brasileira. Além disso, a exploração do pré-sal também trouxe benefícios para o país em termos de autonomia energética. As grandes reservas encontradas permitiram que o Brasil se tornasse mais autossuficiente na produção de petróleo, reduzindo a dependência de importações e fortalecendo sua posição no mercado global de energia.
A Petrobras não teve necessidade de contar com apoio financeiro, nem para a descoberta das jazidas conhecidas como Pré-Sal das bacias de Santos e Campos, como também não teve, para o pós-sal offshore em Campos ou Espírito Santo ou inúmeras descobertas em onshore. Ela conta com seu próprio orçamento, fontes no mercado de capitais, lançamente de títulos. Seu orçamento é muito superavitário e em consequência disto, se torna uma grande pagadora de impostos e geradora de capital para o país.
A Petrobras, tem sim uma dívida muito grande e para pagá-la, deve ter o preço de seu produto vendido de forma justa e se possível, regulada pelo mercado.
É importante citar, que as empresas concorrentes, também gigantes como ela é, que atuam, tanto a nível nacional como internacional, acabam muitas vezes beneficiadas, porque não são submetidas ao controle de preços do governo.
A ótima lucratividade da Petrobras, é a chave para o seu sucesso futuro e sua saída para buscar novas fontes de energia.
Nosso país deve tomar cuidado para que não venha, a Petrobras, a sofrer danos semelhantes,causados pelo controle de preços e intromissão política, ocorridos com suas co-irmãs latinoamericanas, PDVSA (Venezuela), YPF (Argentina) e até mesmo PEMEX (México). Esta última em levemente melhor situação que as aquelas outras duas citadas, mas completamente descapitalizada, o que a impede de poder manter seu sonho e sua estratégia de grande empresa de petróleo.
” Essa descoberta foi resultado de anos de pesquisa e investimentos em tecnologia de exploração offshore”, corretíssimo, desde 1978, com as grande descobertas na Bacia de Campos, já se tinha indícios da existência de petróleo em profundidade de 7 mil metros, hoje conhecida como camada pré-sal. Portanto 2006 foi apena a confirmação da sua existência. Essa confirmação só não foi alcançada antes, devida a inviabilidade técnica e financeira, só contornada no início dos anos 2000, com a 3ª escalada dos preços do petróleo.
Nenhuma referência aos governos de Lula e Dilma que realmente acreditaram que era possível e investiram pesado na extração do óleo em águas profundas, fica aqui os créditos. Parabéns ao professor pelo trabalho inclusive sobre a China já citado nos comentários