*escrito por Luiz Carlos Gertz para o BLOG
Em 1968 era lançado no Brasil um esportivo genuinamente nacional, o Puma. As belas linhas da carroceria inspirada no Lamborghini Miura e a posição de dirigir de carro esportivo o transformaram num dos mais desejados do Brasil. Para uma empresa que produzia carros de forma extra-série pode-se considerar que foi um grande sucesso, tanto nas ruas como nas pistas. A carroceria de resina reforçada com fibra de vidro e a mecânica fornecida pela Volkswagen do sedan (vulgo Fusca), faziam com que o carro fosse leve e rápido para os padrões da época. A VW era pressionada pelos elevados escalões do governo militar a fornecer a mecânica para a Puma com a intenção de favorecer a indústria nacional. Isto transformou o carro num concorrente de mercado indesejado. Em 1972 a VW desenvolve com engenheiros brasileiros o SP1, apresentado em 1972, que logo se transformaria no SP2, um belo carro com acabamento luxuoso que competiria com o Puma. Porém, o preço elevado do esportivo da VW e a fama de carro pouco potente levaram ao fim da produção 3 anos depois. Uma vida curta se comparada com os 20 anos de produção do Puma. Infelizmente não temos uma montadora de carros esportivos da marca Puma, assim como tantas outras que participaram de forma brilhante da história do automóveis nacionais e que desapareceram. Não faltam empreendedores no Brasil, o que falta é apoio do Estado para ajudar a iniciativa privada que deseja inovar!
*Observação interessante: os primeiros Pumas usavam a mecânica dos DKW. Quando esta foi comprada pela VW, a Puma foi atrás de desenvolver um modelo novo com motor VW, mas esta não quis fornecer. Então os donos da Puma usaram contatos no governo militar para obrigar a VW a vender a mecânica para eles