*escrito com Fausto Oliveira
Elogiar o projeto de atraso nacional é desconhecer a história do Brasil e repetir ladainhas contra as evidentes possibilidades de grandeza do país. Coisa de quem já se convenceu de que o destino do Brasil é ser pequeno e criminosamente desigual. Vejamos: o Brasil produzia caminhões na Fenemê. Se não fosse a sabotagem iniciada pelo governo Dutra, o Brasil teria hoje uma Scania?

A empresa nacional Gurgel introduziu o carro elétrico, aquele no qual hoje o mundo inteiro enxerga o futuro. Mas na época governo mudou a legislação por lobby das montadoras estrangeiras só pra o Gurgel perder mercado em casa. Aí, morreu… (Governo que mata empresa doméstica só no Brasil mesmo, aff)

Nesta época o país produzia aparelhos eletroeletrônicos de nível tecnológico similar ao do resto do mundo. Se o Brasil, esse país tão fechado, tivesse promovido de fato sua indústria, a Gradiente não poderia ser hoje uma Sony?

A Engesa produziu o poderoso carro de combate Osório nesta época. durante esta época a Embraer lançou seus primeiros aviões, como o Tucano, precursor de toda a glória da aviação nacional que são os E-Jets e o KC-390. Enfim, quase chegamos lá. mas os próprios brasieliros depois optaram pelo suicidio a partir dos anos 90, capitaneados por “brilhantes” economistas” Pobre Pindorama!
Não fossem os sabotadores, o Brasil seria uma potência hj.
O chute na escada. Os grandes temiam o Brasil e deu nesse declinio.
Lembro que em uma apresentação de tiro real, para venda, o Osório se saiu bem melhor que o modelo americano e outros europeus. Só não ganhou porque o lobby norte-americano foi muito forte. Infelizmente, aqui no Brasil, acham mais fácil vender tudo do que modernizar e investir. O Brasil vai ser um eterno fornecedor de commodities.
Considerando que nunca tivemos governos liberais, posso considerar que os intervencionistas que tivermos foram todos burros?
Também havia microcomputadores como Cobra e CP 500.
Parabéns pela coletânea, que reproduzi na minha página (https://isosendacz.org/2023/01/24/breve-historia-do-que-a-industria-brasileira-ja-soube-fazer/), acrescida do seguinte comentário:
“Entre os fatos que se podem adicionar à coletânea, estão o de o Gurgel ser um veículo com carroceria de fibra de vidro, mais leve e que demanda menos energia e combustível para o seu próprio transporte; o fechamento deu-se após um pedido de empréstimo de R$ 20 milhões, para a instalação de uma segunda unidade fabril. Sobre a FNM, os motores originais da Fábrica Nacional tinham destinação aeronáutica, mas deixaram de “ser úteis” com a compra da sucata de guerra dos EUA para abastecer a Força Aérea brasileira, durante o governo Dutra. A FNM dedicou-se então aos motores de caminhão, até ser comprada pela Fiat para ser fechada.
Mesmo nas plantas industriais de propriedade estrangeira, como a Volkswagen, os brasileiros criaram o Brasília, cuja produção durou exatamente os dez anos de incentivo fiscal aos produtos nacionais, que vigorava à época.”