China preocupa mercados

A IBOVESPA registrou sua décima primeira queda consecutiva, uma sequência que não víamos há mais de quarenta anos. Mas o interessante é que essas quedas têm sido relativamente pequenas, acumulando uma diminuição de 4,7% no mês. Ontem, a queda foi de apenas 0,56%, levando o índice para 116.000 pontos. Comparando com quedas passadas, historicamente tivemos recuos muito mais acentuados, chegando a 15%, 20% e até 25%. Essas quedas recentes parecem estar mais relacionadas a influências externas. As atenções estão voltadas para os acontecimentos globais, enquanto parte das preocupações internas é direcionada para as discussões sobre o arcabouço fiscal e suas perspectivas de votação na próxima semana. A China enfrenta desafios com dados econômicos desfavoráveis, problemas no setor imobiliário e questões relacionadas a dívidas. Essas incertezas têm gerado preocupações nos mercados globais. Nos Estados Unidos, a situação inflacionária também tem impactado as decisões, com números como o PPI e o varejo causando apreensão quanto a possíveis altas nas taxas de juros. No Brasil, a divulgação do monitor do PIB da FGV, que mostrou um crescimento de 0,2% no segundo trimestre, fortalece a perspectiva de um crescimento de pelo menos 2,5% este ano. O desemprego também está em um patamar bastante baixo, atingindo a marca de 8%, a menor em uma década. O Brasil apresenta um cenário promissor com a aprovação do arcabouço fiscal e perspectivas de queda da Selic abaixo de 10%. Além disso, planos de investimentos robustos estão em andamento, incluindo investimentos da Petrobras e do BNDES. Esses fatores podem impulsionar o crescimento econômico para cerca de 2,5% ou mais neste ano e nos próximos anos.

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