No comercio entre as duas maiores economias do mundo s Estados Unidos levam vantagem em aeronaves, trigo, soja etc. e a China em computadores, roupas, artigos domésticos etc. A relação Chile/China é muito desigual. O Chile vende minerais e produtos agrícolas para a China (marrom, amarelo) e importa máquinas e produtos químicos (ciano, rosa). Mas quando olhamos para o Chile e o Peru, o Chile se torna um exportador líquido de máquinas (ciano) e produtos químicos (rosa), mas um importador líquido de roupas (verde escuro). vemos que as exportações do Japão para a Coreia estão muito correlacionadas com as exportações da Coreia para o Japão. Isso é bem diferente do caso do Chile e da China, onde as exportações não foram correlacionadas e pode ser porque o comércio entre a Coréia e o Japão é impulsionado pela diferenciação de produtos (modelos de comercio a la Krugman-Helpman) em vez de diferenças em dotações de fatores e/ou tecnologia ( modelos do tipo Ricardo e H-O), esse seria o caso do Chile-China. Os modelos da chamada nova teoria do comercio de krugman e helpman mostram como a existência de economias de escala explicam o comércio entre paises com mesmo nível de renda e estrutura produtiva semelhante. No comercio Brasil Japao, Brasil-Korea e Brasil EUA vemos claramente esse padrao de pais mais pobre exportando commodities e pais mais rico exportando bens complexos.
A nova teoria do comércio (NTT) é uma coleção de modelos econômicos na teoria do comércio internacional que se concentra no papel dos retornos crescentes de escala e dos efeitos de rede em economias e foram originalmente desenvolvidos no final dos anos 1970 e início dos anos 1980. A principal motivação para o desenvolvimento do NTT foi que, ao contrário do que os modelos tradicionais de comércio (ou “velha teoria do comércio”) sugeririam, a maior parte do comércio mundial ocorre entre países semelhantes em termos de desenvolvimento, estrutura produtiva e dotacoes de fatores de producao. Os modelos tradicionais de comércio baseavam-se em diferenças de produtividade com retornos constantes (modelo ricardiano de vantagem comparativa) ou diferenças de dotação de fatores (modelo Heckscher-Ohlin) para explicar o comércio internacional. Os novos teóricos do comércio relaxaram a suposição de retornos constantes à escala e mostraram que os retornos crescentes podem impulsionar os fluxos comerciais entre países semelhantes, sem diferenças de produtividade ou dotações de fatores. Com retornos crescentes de escala, países idênticos ainda têm um incentivo para negociar entre si. Indústrias em países específicos concentram-se em produtos de nicho específicos, ganhando economias de escala nesses nichos. Os países então comercializam esses produtos de nicho entre si – cada um especializado em uma determinada indústria ou produto de nicho. O comércio permite que os países se beneficiem de maiores economias de escala.
Alguns usaram a NTT para argumentar que o uso de medidas protecionistas para construir uma grande base industrial em certas indústrias promissoras permitirá que essas indústrias dominem o mercado mundial. Formas menos quantitativas de um argumento semelhante da “indústria nascente” contra o livre comércio foram apresentadas no passado por Alexander Hamilton, F. List e muitos outros economistas mercantilistas.
dados aqui: https://oec.world/en/profile/bilateral-country/jpn/partner/bra