Como a industrialização levou a Bélgica a riqueza (com 11 milhões de pessoas exporta hoje mais do que Brasil)

*escrito com Alex Alves

Charleroi foi uma das regiões mais ricas do mundo no começo do séc. XX. Carvão diretamente ligado a aço, vapor, desenvolvimento científico na eletricidade, máquinas, ferrovias, química e outros. No começo do séc. XX, a Bélgica era uma das maiores potências econômicas no mundo. Bondes, trens, ferrovias, maquinário para a indústria, química, motores, carvão e aço eram a base do sucesso belga. Desde línhas férreas na China, o bonde de Santa Teresa no Rio de Janeiro até as patentes de máquinas que geravam eletricidade e os derivados químicos da soda, a Bélgica era um centro de economia complexa. O interessante de visitar Charleroi hoje, é que é uma cidade/região completamente decadente – nada existe, pobreza enorme, desemprego mais alto da Bélgica, condições de vida horríveis (para nível europeu). O que aconteceu? Simples: a complexidade econômica foi para o norte da Bélgica, para a região de Flandres e, da noite para o dia, Antuérpia que era a cidade dos ignorantes, sem cultura, trabalhadores braçais dos portos, se tornou o centro da economia belga. A história da Bélgica e suas regiões, nada mais faz do que ilustrar o passo a passo da industrialização simples até os produtos e serviços mais sofisticados e complexos. educação e “mentalidade” também fizeram diferença. 100 anos atrás só os francófonos tinham boa educação e os flamengos eram tidos como ignorantes. Hoje, Flandres tem a quarta melhor educação do mundo e a Walônia (francófonos) é nr. 26. Em menos de um século a complexidade econômica transformou COMPLETAMENTE a realidade de um pequeno país como a Bélgica.

A Bélgica exporta bem mais do que o Brasil (vergonha):

https://oec.world/en/rankings/country/eci/?year_range=2008-2012

*A partir de 2013 as estatísticas de Bélgica passaram a ser divulgadas em conjunto com Luxembourg

**Ranking de complexidade produtiva no mundo

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