O COPOM reduziu a taxa Selic em 0,50% para 12,75% de acordo com o previsto. Anunciou também que, na visão unanime dos diretores, os próximos cortes serão de mesma magnitude. Isso afasta a ideia de que as reduções poderiam acelerar a 0,75%. As expectativas de inflação para o próximo ano e além continuam acima da meta de 3% tanto no cenário de referência dos modelos do COPOM quanto no relatório de mercado Focus. A grande discussão que se avizinha será o nível final da Selic. Nossa visão é de que seja algo em torno de 9,5%, mas isso ainda está em aberto, pois dependerá das decisões do Fed e dos eventos internacionais. O Fed sinalizou hoje que pode aumentar as taxas nos Estados Unidos pois a guerra contra a inflação ainda não está ganha por lá. Os juros longos nos Estados Unidos também estão em alta, atingindo o maior nível desde 2007, com títulos de 10 anos atingindo 4,40% hoje, por exemplo. Essa primeira fase de corte de juros no Brasil é relativamente mais fácil de se prever; a parte final do ciclo e o nível final da Selic são mais incertos. O juro real brasileiro ainda está consideravelmente acima do neutro, mesmo considerando uma visão mais pessimista. Assim, a Selic provavelmente chegará até 11,75% no final desse ano, sem grandes mudanças. O desafio será prever a taxa terminal de 2024.

Os ativos pós fixados ainda continuam prevalecendo sobre os pré fixados e IPCA +? Ou já tá na hora de rever a carteira?