*escrito em colaboracao com Luis Felipe Giesteira
Os projetos mais importantes das Forças Armadas brasileiras hoje são a fragata classe Tamandaré, os caças Gripen NG e o sistema de lançamento de misseis ASTROS. O míssil de cruzeiro é a arma contemporânea por excelência: um foguete guiado em tempo real, com precisão de até 10m. Nosso modelo tem um motor inicial a combustível sólido e depois é propulsado por uma turbina nacional da empresa Polaris. Nosso modelo terá alcance de 300 a 500 km; elementos essenciais para avançar nessa rota tecnológica, ampliar o alcance (1000 km seria ótimo), aumentar a velocidade (está em 800 km/h) e a precisão. Todos esses projetos com produção doméstica e transferência relevante de conteúdo tecnológico de parceiros do exterior no caso do Gripen. A onda de cortes orçamentários a partir de 2015 prejudicou bastante o projeto para a modernização dos navios da marinha brasileira. No momento o projeto da corveta Tamandaré ainda está de pé e ja foi escolhido o vencedor, é o consorcio entre a Embraer e a Thyssen Krupp, o Meko/100, 4 corvetas por US$1,6 bilhoes, quer dizer, cada corveta irá custar 400 milhoes de dolares e conteudo nacional de 40%.Em 2012, a Argelia assinou um contrato com a Thyssenkrupp para adquirir 4 corvetas da classe Meko/200, maiores, por 2,2 bilhoes de euros, incluindo a construção de um estaleiro na Argelia, mais 6 helicopteros Agusta Westland e a intenção de mais 2 corvetas construidas na Argelia.
O PROSUB, assinado com os franceses, preve a construcao de 5 submarinos, sendo 1 nuclear e 4 a diesel por 35 bilhoes de reais, incluindo a construção de um estaleiro para submarinos da marinha; o problema é que o submarino Scorpene é um projeto antigo dos anos 70 e ja foram gastos 21 bilhoes de reais e entregue apenas 1 submarino, com 20% de conteudo nacional, cada submarino irá custar aproximadamente 700 milhões de dolares. O Japão chegou a oferecer ao Brasil o submarino Soryu, muito mais moderno, com motores stirling, que não precisa de oxigenio p/ funcionar submerso, cada submarino custou entre 500 a 600 milhoes de dolares aos japoneses. Os caças Gripen contratados lá atrás parece que vão voar. O prgrama ProSub para desenvolvimento de submarinos movimentou 700 empresas civis nacionais, 18 universidades e institutos de pesquisa, e foi responsável pela geração 4,8 mil empregos diretos e 12,5 mil empregos indiretos. Será que esses projetos vão sobreviver aos cortes orçamentários?
10 liçoes de Economia para entender o Brasil
Histórias aqui:
Avibras e sistema Astros
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Astros_II
Caça Gripen e parceria com Embraer:
https://airway.uol.com.br/primeiro-caca-gripen-ng-do-brasil-entra-na-fase-final-de-producao/
Empresa brasielira Akaer: https://www.ovale.com.br/_conteudo/2018/01/economia/30211-akaer-visa-dobrar-faturamento-anual-para-r-100-milhoes-e-expandir-aquisicoes.html?fbclid=IwAR2gClzjqG-7t3UChvlIUHZCYIAbeMBK9nDFV87fTBwhS5nW-1OMRW78gt8
Programa de submarinos brasileiros:
Fragatas Tamandaré e os projetos da Marinha:
http://tecnodefesa.com.br/corveta-classe-tamandare-uma-analise-completa-por-paulo-maia/
Blindado Guarani:
https://pt.wikipedia.org/wiki/VBTP-MR_Guarani


Tanque Osório dos anos 80:
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/EE-T1_Osório
Fuzil Imbel IA2:
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/IMBEL_A2
Misseis brasileiros:
Prosub e Odebrecht:
A constituição da Odebrecht Defesa & Segurança, que foi escolhida pelo Naval Group francês como parceiro brasileiro no PROSUB que prevê a entrada do Brasil no seleto grupo dos países que fabricam submarinos nucleares (só EUA, Rússia, França, RU, China e agora a Índia tem essa capacidade). A Odebrecht era então a maior empresa 100% nacional e tinha capital para investir no caro mercado de defesa e teve disposição para isso.
Submarinos Prosub no fantastico
Caca Gripen no fantastico

Caças Grippen:
O novo caça da FAB
Historia do ProSub:
O programa nuclear brasileiro (óbvio que o Prosub é uma interesecção importante, mas extravasa o PNB) como um todo é exemplar como “política de Estado”. Marco inicial do PNB pode ser dado como as exportações de urânio bruto para o Projeto Manhattan, a partir de 1945. Seguiram depois os seguintes marcos importantes:
1951 – criação do CNPq, 1956 – compra 1as centrífugas 1958 – primeiro reator para pesquisa 1962- primeiro reator de fabricação nacional 1968 – conceito estratégico nacional 1972 – início da construção de Angra I 1974 – Fundação da Nuclebrás 1975 – acordo nuclear com Alemanha, 1976 – início de Angra II 1978 – início do programa nuclear paralelo 1979 – domínio do enriquecimento por ultracentrifugação 1984 – início da produção de hexafluoreto de urânio 1988 – inauguração do Centro Experimental de Aramar 1994 – retomada da construção de Angra II, 2001 – início da operação de Angra II 2004 – início das atividades da Fábrica de Combustível Nuclear de Resende 2007 – primeira cascata de enriquecimento de Urânio 2008 – início do Prosub 2010 – Início da Construção de Angra III 2013 – criação da Amazul, 2015 – início da construção do Labgene 2018 – início da construção do reator multipropósito , Inúmeras outras tecnologias estão sendo absorvidas e desenvolvidas. Se tudo der certo – e dará – Brasil passará à História como 1a potência nuclear q não explodiu nenhuma bomba.
turbina brasileira para misseis:
https://exame.abril.com.br/tecnologia/brasileiros-criam-microturbina-para-misseis/
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