Privilégio exorbitante dos EUA

Em 2022 o dólar já se valoriza em mais de 5% em relação as moedas do mundo. O euro e a libra inglesa perderam mais de 15% de seu valor em relação a moeda americana. O yen japonês foi a cotação de 145 por dólar, a menor em décadas. O yuan chinês está em mínima de 10 anos. O mesmo vale para várias outras moedas emergentes. O dólar americano continua sendo a grande referência de reserva de valor do planeta e segue responsável por Mais de 80% das transações globais. Depois da pandemia o bc americano dobrou sua base monetária de 3,5 trilhões de U$ para mais de 7. Mesmo assim a moeda americana não para de se valorizar. Não existem substitutos a altura. Claro que o movimento de alta de juros nos eua contribui para esse processo. Com taxa básica indo a 4,5% nos próximos meses a moeda americana fica realmente imbatível. As altas de juros tanto em países ricos quando emergentes não foram suficientes para estancar esse movimento. Uma excessão a isso continua sendo a moeda brasileira que ainda se valoriza no ano graças a nossa brutal taxa de juros e ao boom de commodities que ajuda nossas contas externas.

Há mais de meio século o dólar americano se configura como a principal moeda usada por investidores, exportadores, importadores e governos de todo o mundo. Tal prática torna a economia mundial altamente dependente dessa moeda e confere aos Estados Unidos um poder sem igual, um verdadeiro “privilégio exorbitante”. Esse termo refere-se aos benefícios que os Estados Unidos têm devido ao fato de sua própria moeda ser a moeda de reserva internacional. Por exemplo, os EUA não enfrentam uma crise de balanço de pagamentos porque suas importações são pagas em sua própria moeda. Esse termo foi cunhado na década de 1960 por Valéry Giscard d’Estaing, então Ministro das Finanças francês; é frequentemente atribuído erroneamente a Charles de Gaulle, que tinha opiniões semelhantes. No sistema de Bretton Woods implantado em 1944, os dólares americanos eram conversíveis em ouro entre os países. Isso resultou em um sistema financeiro assimétrico onde os estrangeiros se viam apoiando os padrões de vida americanos e subsidiando as multinacionais americanas. 20 anos depois, o presidente Charles de Gaulle anunciou sua intenção de trocar suas reservas em dólares americanos por ouro à taxa de câmbio oficial. Ele enviou a Marinha Francesa através do Atlântico para pegar as reservas francesas de ouro e foi seguido por vários países. Esse movimento resultou na redução considerável do estoque de ouro dos EUA e levou o presidente americano da época, Richard Nixon, a encerrar a conversibilidade do dólar em ouro em 15 de agosto de 1971. Acabava aí o padrão ouro dólar do regime de bretton Woods. Mesmo com o final da conversão em ouro até hoje dólar continua sendo a referência de valor global. O euro não conseguiu se consolidar como uma moeda planetária; o yen e o yuan menos ainda. Na falta de um substituto à altura essa força do dólar seguirá ainda por muito tempo.

1) Em 2022 o dólar já se valoriza em mais de 5% em relação as moedas do mundo.

2) O euro e a libra inglesa perderam mais de 15% de seu valor em relação a moeda americana.

3) Depois da pandemia o bc americano dobrou sua base monetária de 3,5 trilhões de U$ para mais de 7. Mesmo assim a moeda americana não para de se desvalorizar.

4) Uma excessão a isso continua sendo a moeda brasileira que ainda se valoriza no ano graças a nossa brutal taxa de juros e ao boom de commodities que ajuda nossas contas externas.

5) O euro não conseguiu se consolidar como uma moeda planetária; o yen e o yuan menos ainda. Na falta de um substituto à altura essa força do dólar seguirá ainda por muito tempo.

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