
A introdução do Euro causou forte desindustrialização do sul da Europa. As industriais se aglomeraram ainda mais na Alemanha em busca das economias de escala, provocando uma configuração espacial de polarização a la Krugman (1999). Nesse tipo de modelagem de Krugman e Fujita, retornos crescentes e “non-tradability” de insumos geram economias de aglomeração exatamente como fazem o C. Hidalgo e R. Hausmann na discussão do atlas da complexidade. Ou seja, existe uma convergência total entre a modelagem do Krugman e Fujita sobre retornos crescentes e aglomerações e os resultados empíricos encontrados por Hidalgo e Hausmann (ver aglomerações e redes produtivas). E para fechar o círculo, na mesma Itália dos 1700s, o economista de Nápoles Antônio Genovesi já tinha sacado tudo isso que o Krugman, Fujita, Hausmann e Hidalgo dizem hoje (ver grandes economistas italianos dos 1600s e 1700s e causas do declínio das cidades do norte da Itália nos 1600s). No caso do sul da Europa já havia sofisticação e diversidade do tecido produtivo. O aumento dos custos de produção (do trabalho) no sul, as economias de escala do Norte e redução dos custos de transporte causaram polarizações e aglomerações na Alemanha e arredores. As redes produtivas do Sul foram destruídas o que está provocando involucao tecnológica mesmo na presença de excelentes universidades e tecido produtivo diversificado. E pior, como o sistema apresenta histerese não será possível voltar a situação anterior.
ver também cambio real nos PIGS, leste europeu vai bem, contração de credito na Europa, o susto da crise, uma breve historia do Euro

Depois do EURO:

https://www.zerohedge.com/news/2019-02-06/busting-myths-euro-economic-convergence


https://elordenmundial.com/mapas/europa-dos-velocidades-economicas/
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