Na economia da padoca a maioria das pessoas está empregada em pequenos comércios, restaurantes, cabeleireiros, padarias e farmácias. Não há grandes indústrias high tech, nem serviços empresariais sofisticados e escaláveis. Não há inovação tecnológica, nem novos produtos. Não há economias de escala nem economias de escopo. Em resumo: não há produtividade! Alguma semelhança com o Brasil de hoje? Baumol dá uma explicação muito elegante para essa distinção: quando o trabalho é uma atividade fim (educação, saúde e lazer, que são “tecnologicamente NAO progressivas”) a mecanização e alcance de economias de escala é muito mais difícil, se não impossível; ao contrário das atividades em que o trabalho é uma atividade meio, por exemplo manufaturas que são “tecnologicamente progressivas” . Nesse último caso as economia de escala e escopo estão mais presentes, por isso os ganhos de produtividade são muito mais elevados. Algo parecido pode ocorrer com os serviços sofisticados: marketing, design, IT, finanças, advocacia, etc. Para Baumol o aumento de produtividade ocorre principalmente no setor de bens. Os serviços não conseguem aumentar produtividade de forma relevante: músicos, educação, garçons, cabeleireiros. São iguais em todos os lugares. O aumento de produtividade no setor de bens acaba pressionando tbem os salários dos setores de serviços; os preços e salários desse setor sobem, na ausência de aumentos de produtividade. Por isso Cortar cabelo em Zurich fica mais caro do que cortar em São Paulo, apesar da produtividade de nossos cabeleireiros ser a mesma dos suíços. paper aqui

Lendo bastante sobre o tema e te acompanhando no YouTube, associei as indústrias high tech com produtos de alta complexidade a um ramo que tenho melhor conhecimento, que é a indústria criativa.
Equipamentos de audiovisual e fotográfico sempre foi um mercado dominado pela indústria japonesa com décadas de investimentos e pesquisas, empresas referências como Sony, Panasonic, Canon, Nikon e Fujifilm.
Com esses players no mercado parece impossível outras empresas competirem nessa economia. Pois bem, nos Estados Unidos surgiu em 2005 a Red Digital Cinema, que veio se aperfeiçoando e hoje exporta para o mundo todo com escritórios em vários países. Assim como também a australiana Blackmagic Design. Quanto ao Brasil só resta as câmeras de vigilância da Intelbras, que ainda assim já é inferior a diversas outras que tem os mesmos produtos do ramo, como por exemplo a Blink que a Amazon comprou a empresa alguns anos atrás.