O mercado era e é extremamente eficiente em tudo que faz. Aumenta a produtividade do trabalho, das máquinas, de todos. Ocupa espaços, se expande, em geral vira até monopólio ou oligopólio de tanta vontade de ganhar dinheiro. Ao fazer isso tira países e pessoas da pobreza, mas aumenta muito a desigualdade. A concentração de rendas, lucros e mercados está no DNA do sistema: para ganhar mais dinheiro. O estado tenta regular, mas é muito difícil pois o mercado captura. Nos países mais pobres o mercado tende a manter as coisas como estão. As empresas ricas e multinacionais dominam as técnicas mais avançadas e constroem seus oligopólios no mundo emergente. Não há incentivo para o mercado mudar a estrutura produtiva dos países pobres e de renda média. Deixando como está da mais lucro! Gigantes de commodities e agronegócios ultra eficientes! Os produtos sofisticados são todos importados, com exceção de uma coisa ou outra que é “montada” (maquila) no país. Esse modelo se aplica para América Latina, África e Ásia atrasada: o grosso dos empregos fica em serviços tradicionais e agricultura de subsistência.
Só quem pode mudar essas estruturas é o estado. Só que o estado também tem suas dificuldades: corrupção, ineficiência, etc… nos casos de sucesso do século XX tivemos alguns sucessos de estados extremamente eficientes para transformar a estrutura produtiva de seus países: Japão, Coreia do Sul, Taiwan, China, um pouco Malásia e Indonésia. Outros tantos estados “desenvolvimentistas” tentaram mas falharam: Brasil, Argentina, Filipinas, África do Sul, um pouco México e muitos outros africanos. Se o processo de desenvolvimento econômico ficar a cargo do estado “liberal” em países emergentes o que vai ocorrer? Nada! Continua tudo como está. Esses dois livros aqui contam essa história em detalhes:
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