Gado, vantagens comparativas e a complexidade da Mongólia

Como mostrado brilhantemente por Erik S. Reinert em “Como os países ricos ficaram ricos e por que os países pobres ficam pobres” (https://www.contrapontoeditora.com.br/produto.php?id=10011), uma nação em desenvolvimento pode seguir regras de vantagem comparativa à letra e ainda permanecer atolado na pobreza e na estagnação, com produção de baixo valor agregado e retornos decrescentes de escala. Um exemplo catastrófico dos efeitos da vantagem comparativa foi visto na economia da Mongólia na década de 1990. A Mongólia, sob assessoria do Banco Mundial, implementou o livre comércio que causou o colapso do setor manufatureiro e mudou o foco do pais para a criação de gado (sua vantagem comparativa de acordo com a teoria do comércio clássico). O resultado foi uma redução do PIB per capita para a metade e um desastre ecológico, já que o aumento da produção de gado levou a retornos decrescentes, pastoreio excessivo e desertificação. ver https://atlas.media.mit.edu/en/profile/country/mng/

complexidade produtiva na Mongolia:

https://www.researchgate.net/publication/296845922_Should_Industrial_Policy_in_Developing_Countries_Conform_to_Comparative_Advantage_or_Defy_it_A_Debate_Between_Justin_Lin_and_Ha-Joon_Chang

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