*escrito com Uallace Moreira
Investimento da estatal chinesa PipeChina na aquisição de infraestrutura de energia ESTATAL,fazendo amplo investimento,com fusões e aquisições,fortalecendo a infra-estrutura do país. Enquanto no Brasil, estão destruindo a Petrobrás e vendendo. A nova gigante estatal chinesa de oleodutos, PipeChina, está adquirindo os ativos de transmissão e armazenamento de petróleo e gás dos conglomerados de energia dominantes do país. O objetivo é aumentar a produção, nivelar o campo de jogo e centralizar o planejamento da infraestrutura energética do país. Com isso, a China logra maior autonomia na trajetória do seu desenvolvimento econômico. Como parte desse esforço liderado pelo governo para a consolidação da indústria, a PetroChina – o braço da gigante estatal China National Petroleum Corp. (CNPC) – está prestes a se desfazer de seus ativos de oleoduto e gás. Isso inclui um oleoduto oeste-leste – que passa por nove regiões de nível provincial e dois oleodutos internacionais que se estendem pela Rússia e Mianmar. Esses ativos geraram 1/3 dos lucros da PetroChina.Vejam na figura a ramificação do gás e a atuação da estatal chinesa. Em troca, a PipeChina entregará caixa e patrimônio no valor de 258,7 bilhões de yuans (US $ 37,2 bilhões), consistindo de 119,2 bilhões de yuans em dinheiro e uma participação de 29,9% na PipeChina, o que tornará a PetroChina a maior acionista do novo gigante. A China Petroleum and Chemical Corp., conhecida como Sinopec, vai vender 10 de suas subsidiárias de oleodutos por 122,6 bilhões de yuans para a PipeChina, que terá uma participação de 14% na nova empresa e 52,6 bilhões de yuans em dinheiro.
Outra atuação de estatal na China que aconteceu essa semana foi a State Grid ter transferido ativos da Luneng Group para uma empresa estatal.
A State Grid transferiu sua participação de 100% na empresa imobiliária Luneng Group gratuitamente para uma empresa estatal especializada em logística e embalagem que é propriedade conjunta da State Grid e das empresas estatais China Reform Holdings Co. Ltd. e China Chengtong Holdings Group Ltd. A mudança ocorre depois que o órgão fiscalizador de empresas estatais do país ordenou que as empresas que administra se concentrassem em seus negócios principais e limitassem o investimento em áreas não essenciais, com a finalidade de fortalecer a capacidade energética do país. Esse processo de fusões e aquisições, coordenada pelo governo chinês, com atuação das estatais, deixa em evidência a estratégia do governo de trilhar em uma trajetória de desenvolvimento econômico com maior autonomia em um setor considerado essencial: o setor energético.


