*escrito com Uallace Moreira
Os governos da Coreia, China e Japão estão estimulando e realizando substanciais investimentos para o fortalecimento do complexo industrial militar e espacial. Isso faz parte da política industrial desses países. O ministro da Defesa, Suh Wook aprovou o plano para produção de mais de 200 unidades dos mísseis táticos terra-terra KTSSM até 2025. O míssil tem um alcance de aproximadamente 120 quilômetros, sendo capaz de atacar múltiplos alvos ao mesmo tempo. Foi aprovado também a 3º etapa de produção em massa do principal tanque de guerra do país, o K2. Até 2023, devem ser fabricadas mais 50 unidades deste modelo. Na China houve novidades no Programa espacial, com o lançamento de uma missão para trazer rochas lunares à Terra, com elevado investimento público. O governo da China investiu bilhões de dólares no desenvolvimento de seu programa espacial, considerado um dos pilares de seu plano para se transformar em uma grande potência econômica e diplomática nas próximas décadas. Através de forte investimento público e privado em inovação, a Coreia do Sul começa também a desenvolver um satélite militar pleno. O primeiro satélite de comunicações militares da Coreia do Sul já foi lançado com sucesso no espaço. Esse investimento coloca a Coreia do Sul na décima posição do mundo em possuir um satélite de comunicações apenas para fins militares. Os satélites são essenciais na guerra Telecom. Os governos de China, Japão e Coreia tem investindo pesado nessa fronteira.
A China, com seu Projeto Aeroespacial, o National Star Aerospace (Guoxing Yuhang) anunciou que tem o objetivo de lançar 10.000 satélites dentro de 10 anos. Por enquanto, já houve seis missões espaciais com lançamentos de nove satélites executados por inteligência artificial. Um fato importante, que mostra o nível de internalização tecnológica na China. Mais de 90% dos serviços de dados fornecidos pela National Star Aerospace vêm de seus próprios satélites, o qual pretende ter todos os seus serviços até o final de 2020. No Japão o governo anunciou esforços para construir um ecossistema para startups relacionadas ao espaço, formando alianças com as grandes empresas do país. Conhecida como “New Space”, a indústria abrangeria desde o lançamento de foguetes até o fornecimento de serviços baseados em satélite para as empresas. Nos casos do Japão e Coreia, é importante destacar a existência da velha aliança entre Estado em Empresas Nacionais: No Japão, com os Zaibatus e Governo; e na Coreia, com os Chaebols. Na China, com forte atuação das estatais. Outro exemplo da China também recente é a atuação das estatais de telecomunicações. As operadoras de telecomunicações estatais da planejam satélites para criar uma nova rede StarNet e apostar na reivindicação da órbita terrestre em relação aos EUA. Essa estratégia da China é uma resposta à afirmação de Elon Musk de que, com 775 satélites instalados e funcionando em órbita, sua empresa SpaceX ultrapassou a NASA como a maior operadora de satélites do mundo. O presidente Xi Jinping aprovou o novo programa de exploração espacial de cinco anos para 2025 no início deste ano.
Estados nacionais lutam para conquistar e manter a hegemonia no espaço
Satélites são essenciais na guerra Telecom: China, Japão e Coreia investem pesado nisso
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