*escrito por Gil Scatena

o Hidrogênio Verde é uma aposta de mudança da matriz energética mundial, rumo às energias renováveis. O Hidrogênio não libera CO2 ou Gases de Efeito Estufa(GEE) em seu uso energético. Já se sabe fazer a eletrólise da água e/ou separar o hidrogênio de outros compostos químicos para que ele possa, isoladamente, gerar energia. O problema é que para isola-lo (eletrólise e afins), consome-se muita energia, que via de regra é de fonte fóssil (gerando muito CO2), ou seja: para gerar energia a partir do Hidrogênio, gera-se Gas de Efeito Estufa. A NASA usa hidrogênio em seus motores de propulsão. A nova aposta é a de dar escala comercial a etapa de isolamento do Hidrogênio a partir de energias renováveis (solar, éolica ou biomassa), o que deixaria o processo “verde” (isola o Hidrogênio sem emissão de CO2 e usa o Hidrogênio como fonte, que é limpa), daí Hidrogênio Verde. Esse novo desafio será turbinado pelas metas climáticas dos acordos internacionais. A corrida pela descarbonização da economia para evitar o aquecimento global. Europa e EUA (Plano Biden), estão injetando muitos recursos em P&D para que suas economias sejam descarbonizadas até 2050 (lembrar que eles tem como fonte principal, Gás e Carvão e a Nuclear estão sempre sob suspeita). A Europa já aponta que as metas de descarbonização, são (necessariamente) ousadas, que dificilmente serão atingidas em solo europeu, exigindo mitigação de emissões com investimentos “verdes” em outros países. Países como o Brasil (cuja matriz de energia elétrica é basicamente “verde”, por ser a base de água) são vistos como “players” para recepcionar esses investimentos “complementares” de mitigação. Ceará e São Paulo começam a se apresentar como espaços para essa tecnologia e investimento. Porém fica a pergunta: vamos receber investimentos para abater as metas europeias e estarmos a reboque, ou vamos criar tecnologias tupiniquins para sermos ponta de lança nesse processo?