*escrito com Felipe Augusto
Um projeto de industrialização liderado pelo Estado de Uganda que mira novo paradigma tecnológico. Cooperação externa buscando a produção nacional dos componentes. Academia criando mercado. Meta de internacionalização. Jinja será o local da primeira fábrica de ônibus elétricos da África. Kampala, a 70km do local da fábrica, foi a cidade mais poluída do mundo naquele dia, de acordo com o OpenAQ, um rastreador global de poluição do ar, e muito disso foi devido à fumaça dos veículos. A fábrica ainda está em construção, mas a nova infraestrutura necessária para apoiar a usina já deu aos moradores locais acesso a novas estradas, linhas de energia e dutos de água. A estatal Kiira Motors Corp. planeja ter uma capacidade inicial de fabricação de 5.000 veículos por ano, incluindo ônibus, a partir de julho de 2021. A empresa venderá os ônibus para empresas privadas e públicas que operam rotas de transporte dentro e ao redor de Kampala, de modo que seus preços precisarão ser competitivos o suficiente para competir com outros provedores que vendem veículos de combustível fóssil para os mesmos clientes. Kiira diz que ainda não assinou nenhum contrato, mas está em negociações com vários clientes. O governo espera que 90% das peças de ônibus eletricos possam eventualmente ser feitas em Uganda. Enquanto a fabricação das baterias de íons de lítio que alimentam veículos elétricos é um processo altamente técnico que atualmente é feito principalmente na China, algumas outras partes do ônibus já podem ser feitas localmente, incluindo as janelas, filtros de ar, armação e as baterias de 12 volts que alimentam o rádio. É um passo fundamental que ajuda no plano de industrialização de Uganda. “Queremos mostrar que podemos fazer uma máquina própria com aço ugandense, lítio e cobre, pisos de bambu e assentos de fibra de banana”, diz Elioda Tumwesigye, ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação de Uganda.
https://en.wikipedia.org/wiki/Kampala%E2%80%93Jinja_Expressway
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