Inflação continua em queda no mundo desenvolvido

Mais um dia em que o índice Bovespa não conseguiu superar os 120k. Parece que existe um teto nesse nível para o Bovespa, com juros longos em 10% e o dólar mantendo-se próximo de R$4,80. O mercado não tem conseguido romper essas barreiras. Nas últimas semanas, temos visto que esses limites têm sido respeitados. Os dados de atividade dos Estados Unidos divulgados ontem indicaram um crescimento muito modesto no varejo, apenas 0,2% em junho, abaixo do esperado, e a produção industrial também registrou queda. Apesar disso, os resultados corporativos têm sido bons. A temporada de resultados começou lá fora, e tem surpreendido positivamente. Hoje outra boa notícia hoje foi a inflação no Reino Unido, que ficou bem abaixo do esperado, com taxa de 7,9%, a menor alta desde março de 2022. O número impulsionou a bolsa por lá, com alta de mais de 1,5% do índice FTSE. De modo geral, todos os indicadores de inflação estão convergindo. Os preços ao produtor e ao consumidor nos Estados Unidos, China, Europa e Reino Unido têm mostrado essa tendência, o que é uma boa notícia. Aqui no Brasil, a segunda prévia do IGPM divulgada hoje mostrou mais uma deflação de 0,72% em julho, embora em um ritmo mais lento que nos meses anteriores. Vale lembrar que na próxima semana teremos a primeira leitura do IPCA-15 pelo IBGE para a primeira quinzena de julho, seguida pela reunião do COPOM em 02/Agosto em que o ciclo de corte de juros deve ser iniciado, provavelmente com corte de 0,25%. Na próxima semana, o FED nos Estados Unidos deve subir as taxas para 5,5% e, provavelmente, encerrar o ciclo por lá. Estamos chegando ao final dessa safra de indicadores econômicos antes das reuniões tanto do COPOM quanto do FED. As notícias mostram que a atividade está mais fraca tanto no Brasil, onde tivemos uma queda significativa de 2% do IBC-Br, quanto nos Estados Unidos. Por outro lado, as notícias de inflação são melhores do que o esperado, tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil, o que pode contribuir para o início do ciclo de corte de juros aqui e o encerramento do ciclo de alta nos Estados Unidos.

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