O IPCA-15 divulgado pelo IBGE subiu 0,21% em outubro alinhando-se com as expectativas de mercado. No mês anterior, a alta foi de 0,35%, indicando uma desaceleração importante da inflação no Brasil. O índice de difusão subiu ligeiramente de 41% para 47%, medindo a quantidade de preços que aumentaram. Por outro lado, houve uma boa notícia na média dos núcleos de inflação que caiu de 0,27% para 0,23%, lembrando que estes excluem as maiores altas e quedas de preços do índice. Os serviços subiram para 0,63%, em comparação com 0,53% em setembro. Com a recente notícia do corte de preços da gasolina pela Petrobras, o IPCA fechar perto de 4,6% neste ano, o que seria uma excelente notícia pois o teto da meta é de 4,75. Em 2024 a expetativa de mercado para o IPCA está em 3,5%. A previsão de crescimento para o Brasil em 2023 é de 3%, com uma queda significativa na taxa de desemprego para 7,8%, o nível mais baixo desde 2013. Nossas reservas continuam robustas próximas a U$350 bilhões e a balança comercial deve registrar um superávit de mais de 80 bilhões de dólares nesse ano. Embora haja preocupação com o resultado fiscal de 2024, a expectativa é de que o déficit primário fique em torno de R$50 bilhões. Nesse cenário de convergência de inflação e relativa estabilidade da taxa de câmbio, esperamos mais duas reduções da taxa SELIC nas próximas reuniões chegando a 11,75% em Dezembro. Para 2024 é possível imaginar uma taxa abaixo de 10%, a depender da situação econômica dos Estados Unidos e dos preços do petróleo. Na Europa o Banco Central manteve as taxas de juros em 4,5% na reunião de outubro, dada a fraqueza na atividade econômica em comparação com os Estados Unidos. Do outro lado do atlântico a economia americana surpreendeu com um crescimento de 4,9% no terceiro trimestre, acima das expectativas e contrariando todas as previsões de recessão do início do ano. A taxa de desemprego nos EUA continua muito baixa, próxima de 3,5%, que é a mínima histórica desde os anos sessenta. O forte crescimento nos Estados Unidos volta a trazer preocupações com a inflação que acelerou para 3,7% devido ao aumento no preço do petróleo no mundo. O Fed poderá apertar ainda mais a política monetária para tentar controlar a inflação. Os EUA têm um crescimento econômico robusto, mas as preocupações com a inflação persistem.
Ideias chave:
1)O IPCA-15 divulgado pelo IBGE subiu 0,21% em outubro, em linha com as expectativas do mercado. Isso representa uma desaceleração importante em relação ao mês anterior, quando a alta foi de 0,35%.
2)Com a notícia do corte de preços da gasolina pela Petrobras, a projeção é que o IPCA feche o ano perto de 4,6%. Isso é positivo, uma vez que o teto da meta de inflação é de 4,75%.
3) A previsão de crescimento para o Brasil em 2023 é de 3%, com uma queda significativa na taxa de desemprego para 7,8%, o nível mais baixo desde 2013.
4) Com a convergência da inflação e a relativa estabilidade da taxa de câmbio, espera-se mais duas reduções da taxa SELIC neste ano, chegando a 11,75% em dezembro. Para 2024, é possível imaginar uma taxa abaixo de 10%, dependendo da situação econômica dos EUA e dos preços do petróleo.
5) A economia americana surpreendeu com um crescimento de 4,9% no terceiro trimestre, acima das expectativas, e a taxa de desemprego nos EUA continua muito baixa, próxima de 3,5%.
6)O crescimento nos Estados Unidos está gerando preocupações com a inflação, que acelerou para 3,7% também devido ao aumento nos preços do petróleo global. O Fed está considerando apertar ainda mais a política monetária para controlar a inflação.