No início da semana, tivemos uma melhora devido à queda das taxas de juros de longo prazo nos EUA, trazendo algum alívio ao mercado. O conflito no Oriente Médio causou uma grande onda de compra de títulos públicos nos EUA levando as taxas de 10 anos a 4,60%. No entanto, na quarta-feira, os dados de preços ao produtor nos Estados Unidos para setembro superaram as expectativas, e ontem, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) também mostrou uma inflação acima do esperado (0,4% em vez de 0,3%). Os dirigentes do Fed reforçaram sua postura de que não vão tolerar uma aceleração dos preços, o que fez o mercado reagir negativamente, com quedas nas bolsas e novo aumento das taxas de juros de dez anos para 4,70%. Mesmo com o núcleo da inflação em linha com as expectativas, a alta no índice cheio teve um impacto importante nas bolsas americanas. O mercado está sensível e preocupado com uma possível nova escalada da inflação. Além disso, o aumento dos preços do petróleo, atingindo hoje US$ 90 o barril, e a preocupação renovada no Oriente Médio devido a uma possível invasão de Israel na Faixa de Gaza por terra, estão causando mais volatilidade. notícias positivas vieram da China ontem, com inflação do consumidor abaixo do esperado e deflação no Índice de Preços ao Produtor (PPI), mas os mercados estão atualmente mais focados na situação da inflação nos Estados Unidos e nos preços da gasolina por lá que voltaram a atingir máximas. No geral, há alguns sinais positivos na inflação americana, especialmente em relação aos componentes não relacionados a combustíveis e imóveis, que estão mais controlados. No entanto, esses fatores isolados não são suficientes, e a inflação acima de 3% é motivo de grande preocupação, considerando que a meta de inflação do FED é de cerca de 2% ao ano.
