Os títulos de dez anos nos Estados Unidos estão atualmente próximos de 4,75%, alcançando níveis máximos não vistos desde 2007. O mercado de títulos americanos está experimentando um aumento significativo no estresse, e isso tem impactado os mercados globais. As taxas de hipotecas de trinta anos também subiram para quase 8%, atingindo níveis máximos desde 2010. Esse aumento da volatilidade nos títulos americanos está afetando negativamente os mercados emergentes, incluindo a Bovespa, que caiu para cerca de 115 mil pontos. O DXY, que mede o valor do dólar em relação a outras moedas, continua em alta, resultando na desvalorização do real, que atingiu R$5,06 em relação ao dólar. As commodities também estão em queda, incluindo o petróleo e o minério de ferro. Esta semana, estamos aguardando o relatório de empregos nos Estados Unidos, que fornecerá mais informações sobre a abertura de vagas. Ainda No que diz respeito ao mercado de trabalho, o Brasil apresentou uma notícia positiva com a criação de 220 mil vagas formais no CAGED de agosto, muito acima do esperado. O país está caminhando para criar mais de um milhão e meio de vagas este ano, o que é uma excelente notícia e reflete um mercado de trabalho mais aquecido, com a taxa de desemprego caindo para 7,8%. No entanto, a produção industrial do Brasil está um pouco abaixo das expectativas, com um aumento de apenas 0,4% em agosto e uma queda de 0,3% no acumulado do ano. O setor manufatureiro está enfrentando desafios, enquanto setores como extrativismo, commodities e agricultura estão apresentando bom desempenho. Destaca-se também o forte desempenho da balança comercial em setembro, com um saldo de quase dez bilhões de dólares, elevando o total para mais de setenta bilhões no ano. Esse é um recorde absoluto e supera os valores dos últimos três anos em apenas nove meses. Essa forte balança comercial está trazendo um fluxo significativo de dólares para o Brasil, o que é crucial em um momento delicado da economia global, com aumento das taxas de juros no exterior.
