Mais uma semana desafiadora para o IBOVESPA. Na semana passada, o índice caiu 2%, atingindo 113.000 pontos, devido ao aumento dos juros longos nos Estados Unidos que ultrapassaram cinco por cento. Além disso, as tensões no Oriente Médio, com os preços do petróleo subindo para 92 dólares por barril, aumentaram a incerteza. As bolsas nos Estados Unidos também estão sendo impactadas, refletindo um clima de aversão ao risco elevado. O discurso mais rígido do Federal Reserve na quinta-feira passada causou preocupações nos mercados. Na próxima semana, teremos a “super quarta-feira” com as reuniões do Federal Reserve e do Banco Central brasileiro. Espera-se que o BC brasileiro reduza a taxa de juros em 0,50%, enquanto o Fed provavelmente manterá as taxas, mas há perspectivas de um aumento de 0,25% em dezembro. As bolsas na Europa estão no pior patamar desde março, destacando a complexidade do ambiente atual. Na sexta-feira passada, o IBC-BR mostrou uma atividade mais fraca no terceiro trimestre no Brasil, o que, juntamente com os dados de varejo, sugere a possibilidade de o país entrar em recessão com quedas no PIB nos próximos trimestres. Isso não muda muito o crescimento deste ano, que deve ficar entre 2,9% e 3%. A redução do crescimento econômico pode ajudar a controlar a inflação, que é uma preocupação nos mercados. A taxa de inflação esperada é de 4,5% para este ano e 3,5% para o próximo. A taxa de juros longos no Brasil caiu na sexta-feira devido aos dados econômicos mais fracos, o que pode aliviar um pouco a pressão sobre a inflação e o mercado de trabalho. Esta semana é importante em termos de dados econômicos, tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil. O mercado estará atento ao IPCA-15 na quinta-feira e ao PCE na sexta-feira nos EUA. A inflação nos EUA está em 3,7%, o que é uma preocupação.
