Live com Matias Vernengo sobre as crises de Brasil e Argentina

A história econômica argentina é dramática, como um tango de Gardel, ou um jogo com gol de mão do Maradona. Desde o período colonial até o colapso das reformas neoliberais dos anos 90, e suas ramificações até o presente.O modelo agroexportador do final do século dezenove, o suposto auge econômico quando a renda per capita era equivalente a da França, a industrialização puxada pelo estado e o fenômeno associado do peronismo, a hiperinflação dos anos 80, o Plano de Convertibilidade dos anos 90; o default do início do século vinte e um, que ainda é o maior da história. O conflito político e de classes cumpre um papel central, quem sabe mais marcado que em outros países da América Latina, para explicar o atraso relativo, e a longa decadência da economia argentina. A estratégia de desenvolvimento autônomo baseada na industrialização puxada pelo estado foi, dentro de tudo, bem-sucedida, mas seu abandono ocorreu devido aos conflitos socioeconômicos relacionados com os requerimentos salariais elevados do mercado consumidor doméstico frente a um persistente problema do balanço de pagamentos.

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