Livre comércio nos EUA: só que não

*escrito com Fausto Oliveira

Chamou atenção nesses dias o gritante caso de protecionismo relacionado ao mercado de guindastes dos EUA. O Departamento de Comércio da Casa Branca abriu investigação sobre importação de guindastes móveis provenientes da Alemanha, Áustria e Japão. A investigação é a pedido da Manitowoc, fabricante do país que provê para as Forças Armadas. A Manitowoc solicitou o procedimento e foi atendida, alegando riscos para a segurança nacional dos EUA com as importações de guindastes que concorrem com os dela. Mesmo que ela continue tendo acesso exclusivo às compras do Pentágono.

A empresa reclama que o aumento de 152% nas importações de guindastes móveis mais baratos que os dela, entre 2014 e 2019, provocou o fechamento de uma fábrica sua, colocando em risco os empregos de norte-americanos. Além disso, acusa violação de patente sua por fabricantes chineses, que já haviam tido alguns modelos e componentes de guindastes banidos nos EUA. Mas parece que banir os chineses não satisfez a Manitowoc, e ela agora vai atrás dos alemães, austríacos e japoneses. Wilbur Ross, secretário de Comércio do país, prometeu uma investigação rápida e provavelmente vai impor alguma restrição ao comércio destes equipamentos provenientes do estrangeiro.

2 thoughts on “Livre comércio nos EUA: só que não”

  1. Para o bem da Pátria Amada Brasil precisamos imitar os gringos e não, nunca, jamais fazer apenas o que querem que façamos. -> meros exportadores de commodities e ávidos consumidores de produtos de alto valor agregado.

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