Mais um dia de queda na Bovespa. Estamos vivenciando uma sequência de quedas nos últimos dias. Recentemente, o índice chegou a atingir 123 mil pontos, mas agora a bolsa recuou para 119 mil pontos. Essa tendência foi impactada por eventos externos, especialmente os dados provenientes da China, que indicam exportações mais fracas. O dólar foi a 4,89 reais. No entanto, apesar desse stress, os juros futuros dos contratos de DI experimentaram uma queda adicional devido em parte à recente ata do COPOM, que levou o mercado a interpretar que mais cortes na taxa Selic estão por vir. Há até quem sugira os cortes possam acelerar para 0,75% em dezembro, embora o próprio COPOM tenha apontado baixa probabilidade de tal aceleração, indicando que a taxa de 0,50% é a alternativa mais provável. No contexto internacional, as bolsas estrangeiras também tiveram quedas, com os índices caindo cerca de 0,5%. Um dos fatores que contribuíram para essa situação foi a notícia relacionada ao downgrade dos bancos regionais americanos pela Moodys, assim como a taxação de bancos na Itália, que gerou alguma instabilidade. Os preços do petróleo voltaram a subir, alcançando a marca de 86 dólares por barril para o Brent. A recente redução na produção de petróleo por parte da Arábia Saudita e Rússia tem desempenhado um papel relevante nesse aumento. No entanto, apesar dessa alta no petróleo, ocorreu uma queda geral nos preços das commodities. Em relação à economia chinesa, foram divulgados dados de deflação, indicando uma queda nos preços ao consumidor e ao produtor. Esse cenário reflete um enfraquecimento na atividade econômica do país asiático. Tais resultados são coerentes com a notícia de que as exportações da China apresentaram um declínio de 14% recentemente. Esses indicadores sugerem que a recuperação econômica da China está sendo mais lenta do que inicialmente previsto, o que pode ter impactos no cenário global de crescimento. No cenário brasileiro foi divulgado um dado importante sobre as vendas no varejo que permaneceram estáveis em Junho em relação ao mês anterior. Já o varejo ampliado, que inclui segmentos como material de construção e automóveis, apresentou um crescimento de 1,2%. Esse resultado pode ser atribuído, em parte, ao programa do governo que ofereceu descontos para veículos populares. Esse dado de recuperação do varejo é positivo para os indicadores do segundo trimestre. No entanto, é importante mencionar que os indicadores de atividade econômica do segundo trimestre foram mais fracos em comparação com o primeiro trimestre. Houve uma desaceleração geral na economia brasileira, com setores como serviços, que compõem grande parte da atividade econômica, apresentando desempenho mais fraco.