Mais um dia em que a Bovespa ficou estagnada nos 117 mil pontos. O dólar também teve uma leve desvalorização, com o real ganhando terreno, chegando a 4,78. O mercado está em compasso de espera para as próximas reuniões do FED e do COPOM. Ontem, tivemos o destaque negativo do monitor do PIB da FGV, que mostrou uma queda de 3% em maio, uma redução maior do que o esperado. Isso se alinha ao dado do IBCBR do Banco Central, que também mostrou uma queda de 2% em maio, anulando o crescimento anterior. Em relação ao comércio internacional os dados mostram uma alta de 17% nas exportações em maio, com destaque para agro e produtos extrativos, especialmente minério de ferro e petróleo. Isso deve levar o superávit da balança comercial a um recorde histórico de até 70 bilhões de dólares nesse ano, trazendo um fluxo importante de dólares para o Brasil e tranquilizando as contas externas. Esses dados revelam a dualidade econômica do país, com dois Brasis distintos: um com crescimento robusto, impulsionado pelo agro e extrativismo, e outro que patina e depende da taxa de juros. A história deve mudar no segundo semestre, com a Selic caindo para pelo menos 12% neste ano e chegando a 9% no próximo. Na zona do euro, os dados de inflação mostram uma leve alta de preços ao produtor de 0,1% na Alemanha, acompanhando a tendência de desinflação nos EUA, China e Brasil. Os diretores do Banco Central Europeu indicam que o ciclo de alta de juros está chegando ao fim, com a possibilidade de levar os juros a 4% na zona do euro.
