Até a abertura do mercado brasileiro o único dos 90 a Caloi tinha como única concorrente a Monark. Depois da redução das tarifas, o mercado de bicicletas ficou muito mais competitivo (especialmente com a pressão de países asiáticos) e a Caloi passou a enfrentar grandes problemas; com dificuldade nas vendas de bicicletas partiu para um novo desafio: partiu para o mercado de fitness, agregando saúde, esporte e lazer à marca. Ainda lutando, em 2006 a Caloi inaugurou uma fábrica em Atibaia, desativando a antiga unidade da Avenida Guido Caloi perto da represa de Guarapiranga. Em 2008 a Caloi comemorou 110 anos comercializando mais de 700 mil bicicletas e 100 mil unidades de aparelhos para home fitness. Apesar de ter funcionando ainda por bom tempo e e ter conquistado novos avanços em 2013 a empresa foi vendida para a empresa canadense Dorel, que é proprietária de marcas como Cannondale, Schwinn e GT, entre outras ( https://www.dorel.com/eng/cannondale) Mais uma que se foi! Temos condicoes de competir com as economias de escala dos produtores “barateiros asiaticos”? temos condicoes tem competir com as grandes marcas do mundo? (Specilized, US https://www.specialized.com/br/pt/shop/bikes/c/bikes); (Trek, US, https://www.trekbikes.com/br/pt_BR/); (Bianchi italiana, https://www.bianchi.com/); (ScotTT, Suica, https://www.scott-sports.com/br/pt/sports/bike). A Caloi era uma empresa ineficiente?
Um resumo da história da empresa
No início do século XX Luigi Caloi e Agenor Poletti abriram a Casa Poletti & Caloi, um estabelecimento que alugava, consertava e reformava bicicletas de corrida do Clube Atlético Paulistano em São Paulo. Quatro anos depois, Luigi se tornou representante exclusivo da fábrica italiana de bicicletas Bianchi no país. Em 1924, ele faleceu e seus filhos, Henrique, Guido e José Pedro assumiram o negócio. Depois de algum tempo Guido ficou sozinho com a empresa, que passou a ser conhecida como Casa Luiz Caloi. Em 1942, as dificuldades de importação em virtude da Segunda Guerra Mundial o obrigaram a produzir peças de reposição em um barracão no bairro do Brooklin. Anos mais tarde, em 1948, mesmo com a regularização das importações, a empresa agora chamada Indústria e Comércio de Bicicletas Caloi, manteve sua fabricação, passando a produzir suas próprias bicicletas no Brasil com a inauguração da primeira fábrica de bicicletas do país.
No final da década de 60 a Caloi lançou a famosa Berlineta dobrável que se tornou um grande sucesso na década de 70. Um grande salto da Caloi foi o lançamento da inesquecível Caloi 10. Era a primeira que se lançava uma bicicleta esportiva no Brasil. Outro famoso lançamento foi a Barraforte que se tornou sinônimo de resistência. Uma bicicleta robusta com quadro em aço carbono que se tornou referência histórica no segmento de transporte no país. No final da década de 70 foi à vez da Caloi Ceci, primeira bicicleta feminina do mercado brasileiro com sua famosa cestinha na frente.
No início da década de 80, o lançamento da Caloi Cross marcou a chegada do BMX ao Brasil. Essa bicicleta marcou uma geração de milhões de meninos brasileiros daquela época, eu inclusive! Com a chegada dos anos 90 surge uma nova modalidade de bicicletas, as mountain bikes. A Caloi praticamente introduziu no país esse tipo de bicicleta. A Caloi avançou no mercado brasileiro e tentou até o americano. Inaugurou uma subsidiária em 1990 na cidade Jacksonville na Flórida e patrocinou o campeão do Tour de France, o americano Lance Amstrong, na equipe Motorola-Caloi.
Referência da história completa:
https://vizionbikes.wordpress.com/2014/05/06/conheca-a-magnifica-historia-da-caloi/
História da Monark e Caloi
http://www.saopauloinfoco.com.br/bicicletas-santo-amaro/
História da Caloi contada pela Caloi
Wikipedia
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Caloi
História da Monark
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Monark
Monark hoje:
Materia sobre a Caloi de 2014:
Debate sobre as tarifas de importacao para bicicletas no Brasil:

Por quê não falar do Sr. Musa como (péssimo) administrador da Caloi? Afinal de contas ficou claro que, para uma pessoa que fez a vida na Rhodia, o interesse dele pelo mercado de bicicletas só visava lucro e sua permanência como diretor da marca depois da venda para a Dorel Industries só comprovou isso.
Tristeza.,,
Essa ” já vai tarde”. Com relação a bicicletas não tive queixas, mas a linha fitness era só caça níqueis. Tive um remo seco, um eliptico e a esteira melhorzinha deles. O eliptico trabalhou por uns 10 anos sem problema. Mas a esteira tinha que trocar a placa de circuito todo ano, fora umas acelerada malucas que dava ( o maximo dela era 12km/ h mas quando surtava acelerava sozominha a 16km/h.
O remo seco tinha falhas de projeto tão primárias que o projetista só podia ser um chimpanzé albino depilado.
Para ter uma idéia, no remo o assento fica se movendo sobre um rolo que viaja para cima e para baixo no ” trilho”. Logo, é a peça de maior desgaste. De que era feita essa peça? De plástico!
Mas para completar, esse rolo girava em torno de um eixo. O eixo era um parafuso com cerca de 6mm de espessura, mas o orificio do rolo tinha 20mm. O que acontece quando uma peça que suporta peso gira com folga em torno de um eixo? Algo irá quebrar! O rolo quebrava sempre após um mês, e a assistencia tecnica autorizada demorava dois meses para obter a peça nova!
Mas ainda tem detalhe “mórbido”:
o parafuso usado como eixo tinha rosca em todo o seu comprimento!
O que significa, pasme, que o rolo de plastico, suportando o peso do usuário, girava em torno de uma rosca metálica! Obviamente a rosca “comia” o plástico!
Tive que mandar tornear em aço aquele rolo de plastico. Encaixei rolamentos de skate de cada lado, e escolhi um parafuso SEM ROSCA naquela parte que entrasse justinho nos rolamentos, para resolver aquele problema da folga gigante entre o rolo e o parafuso. Só entao o parafuso podia ser chamado de eixo né?
Ainda tive que fazer outros ajustes, para reduzir o ruido infernal de um aparelho vendido como “silencioso”.
Mandei uma reclamacao de 4 paginas listando todas as falhas e explicando as mudanças necessarias. Só o que obtive como resposta foi uma resposta padrao para que eu levasse o equipamento para a oficina autorizada fazer uma “avaliação”.
Aí eu vi que ninguém ali estava interessado em produzir qualquer coisa que prestasse nem em aproveitar as criticas dos clientes para saber como corrigir os erros.
Tive trocas de ideias mais detalhadas direto com o presidente de uma empresa americana, a Ironmind, sobre detalhes tecnicos dos equipamentos deles, do que com a porcaria da nossa Caloi . Tem é que fechar mesmo, já que não demonstravam nem interesse em preservar a tradição da marca.