A 4ª maior empresa de Cosméticos do Mundo com DNA Brasileiro

*escrito com Renata Fialho de Oliveira

Fundada em 1969 por Luiz Seabra como “Indústria e Comércio de Cosméticos Berjeaut” e rebatizada como “Natura” meses depois, a Natura Cosméticos Comprou a Avon por meio de troca de ações que resultará em combinação de negócios, operações e bases acionárias da Natura e Avon em uma nova sociedade, a Natura Holding (Natura & Co). Com ações a serem negociadas na B3 e ADRs na bolsa de Nova York, a Natura & Co está avaliada em US$11 bilhões e, com a consumação da combinação dos negócios (sujeita ainda a determinadas condições, tais como, aprovação pelas autoridades concorrenciais (no caso do Brasil, o CADE)), passará à ser a quarta maior empresa de cosméticos do mundo com quase 70% das receitas vindas do exterior.

Embora o negócio tenha se iniciado com uma primeira loja física em 1970 na Oscar Freire, com atendimento pessoal de Luiz Seabra, foi com o modelo de negócios de venda direta, adotado a partir de 1974, que a empresa se solidificou. A venda direta é o famoso “porta-a-porta”, na qual revendedores fazem a venda aos consumidores no ambiente doméstico ou profissional, sem envolvimento do varejo tradicional. Caracteriza-se por margem de lucro alta, pois o consumidor paga o preço do varejo, sem o envolvimento deste último. Em 2009, 40 anos após a sua fundação, Natura registrou 1 milhão de consultoras. Com a junção de negócios com a Avon, passarão a ser mais de 6,3 milhões de representantes e consultoras da Avon e Natura.

Fortemente aderente à cultura da sustentabilidade e com estratégia de valorização da brasilidade, a Natura se destacou nos anos 2000 com o lançamento da linha Ekos com ativos da biodiversidade nacional, com a formação de fornecedores locais na Amazônia (que incluiu desenvolvimento de capacidade produtiva nas comunidades, pesquisa sobre biodiversidade, reforma de escolas e construção de fábricas no Pará). Outros produtos de destaque são o sabonete erva-doce e itens das linhas Chronos e Mamãe-e-Bebê.

O mercado internacional foi explorado inicialmente via contrato de distribuição no Chile, em 1982. A segunda etapa consistiu na instalação de operações na Argentina e Peru em 1992. Mais de uma década depois, em 2005, a Natura abriu loja em Paris, e, em 2016 em Nova York e diversas outras no Brasil. Mais recentemente, a Natura adotou arrojada estratégia de consolidação com aquisição da Aesop em 2013 e The Body Shop em 2017 (esta última por EURO 1 bilhão), e, agora a Avon.

Atrás apenas dos Estados Unidos, China e Japão, o Brasil ocupa a 4ª posição no ranking mundial no consumo de cosméticos. Não apenas no consumo o Brasil se destaca, conforme dados da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), o setor também vai bem no comércio externo e tem aumentado as exportações nos últimos anos.

ajuda do BNDES:

https://exame.abril.com.br/negocios/bndes-aprova-credito-de-r-35-milhoes-para-a-natura/?_gl=1%2Ak0qfvb%2A_ga%2AS3ZlX2dJUFFEVTNUUjdMYk9RbkdwaFdkdDUzNlVfcXFET0lLUnpFRkVhTEVhOGxvT1NQMURKWFV6NHZqYVMybQ

História da Avon:

https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Avon_Products

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