*escrito com Fausto Oliveira
Quando os videogames começaram a se popularizar no mundo (fim dos 70/começo dos 80), o Brasil implementava políticas industriais substitutivas de importações, e uma delas visava criar um setor de eletrônicos. Consoles de videogame nacionais nasceram nesse contexto. A briga ali era por construir sistemas de hardware que pudessem rodar os jogos (softwares). Tal como nos computadores, houve produtos nacionais ruins e produtos interessantes. Para rodar os jogos da japonesa Nintendo, a Gradiente construiu o Phantom System. Era tão bom que a Nintendo veio ao BR acusar a Gradiente de pirataria. Mas não era: tinha sido feito para compatibilizar o jogo, só que com projeto próprio. O debate sobre isso costuma girar em torno da acusação de pirataria. Mas isso é insuficiente. Adaptações e versões fazem parte do aprendizado tecnológico dos “second commers”. Acontece em todos os setores. Veja o Supergame da CCE.
O Supergame provavelmente foi baseado no projeto do Coleco Gemini, que por sua vez é um “clone” do Atari original. Empresas como Dismac, Dynacom, Tec Toy, Gradiente e CCE se aventuraram na reengenharia, aprendizado e desenvolvimento. Com diferentes graus de sucesso, o que é normal. Porém, a típica reação brasileira é infantil: classifica tudo como lixo e pronto. Mesmo parado o desenvolvimento, a indústria brasileira de consoles deixou como legado um spillover importante. Não fossem suas tentativas de produzir com autonomia, o país não teria popularizado os games ao ponto de hoje termos empresas que fazem design de games. em todos setor de tecnologia, o movimento de formação dos oligopólios é violento. Por isso não fomos capazes de competir, infelizmente. Eis a estrutura do mercado atual de consoles (US$ 34 bi em 2019): Playstation da Sony, Xbox da Microsoft e Switch da Nintendo.








Esse é um dos resultados da Lei de Informatica!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Desculpe, mas não li nada que case com a chamada: que os nossos já tenham sido melhores. Me interessaria esta demonstração, falo como fã mesmo.
Depois a CCE continuou investindo na fabricação de vídeo games, e dez o CCE turbo game vídeo drive. Ele tinha dois bocais de fita onde cabia os cartuchos do Phanton e do nintendinho. Tinha uma caixa emponente com um helicóptero estampado. E de quebra a CCE dava um jogo chamado Tiger Heli. Ótimo game!
Tem erros tecnicos ai.
Phantom System nao rodava jogos da nintendo. e sim da Sony
Não amigo, está correto. O Phantom era compatível com os cartuchos do NES (Famicom no japão ou “nitendinho” como ficou conhecido aqui), o primeiro video game da nintendo. A Sony até tinha uma produtora de jogos nessa época, mas só entraria no mercado de consoles em 94 com o primeiro Playstation. O erro do texto está em dizer que Atari era japonesa… na verdade era estadunidense mesmo.
VERDADE! O Phanton tinha qualidade melhor que o NIntendo original! O controle era MUITO mais anatômico e bem construído. O Atari da Polyvox tb era FANTÁSTICO, igual ao original, ambos muito duráveis… incrível como os fabricantes originais permitiram a venda desses consoles “piratas”, só se for pra popularizar os jogos, onde eles ganhavam com royalties tb…