Pelo que vi do acordo com Europa vamos exportar coisas que não tem capital humano e vamos importar coisas que tem capital humano: exportaremos bens agrícolas e importaremos bens industriais. O capital humano ou conhecimento produtivo se acumula de maneira desigual nos bens e serviços. Por exemplo: pra fazer turbina, reator nuclear, microchip, 5G, química fina, mecânica de precisão precisa de muito know how: pra café, açúcar, boi, algodão, minério de ferro e soja não. As patentes são a concretização do conhecimento produtivo e do acumulo de capital humano, a maioria das patentes do mundo esta em bens manufaturados e não em commodities. países ricos industriais produzem patentes, países pobres extrativistas não! No final das contas não conseguimos criar no Brasil uma indústria competitiva e inserida globalmente! Nos restam duas alternativas: a)desistir, b)continuar tentando. O acordo com Europa pode dificultar ainda mais a segunda alternativa. Gravei um vídeo sobre o tema:
resumo do acordo: http://trade.ec.europa.eu/doclib/docs/2019/june/tradoc_157964.pdf


https://www.wto.org/english/res_e/statis_e/wts2018_e/wts2018_e.pdf
Paulo, mas se avançarmos na biotecnologia. Tínhamos patentes importantes na produção de etanol alguns anos atrás. Deixamos escapar com os EUA passando produzindo etanol de segunda e até terceira geração. Vejo que este poderia e ainda pode ser um caminho para o Brasil, além do mais a agricultura hoje tem capacidade de determinar trajetória tecnológica vixe paper do Mário possas, José Maria da Silveira e Sérgio Salles de meados dos anos 1990